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G7 promete ajuda "o mais rápido possível"
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G7 promete ajuda "o mais rápido possível"

|Amazônia| Apoio dependerá de acerto com os nove países pelos quais a área da floresta se estende. Inclusive o Brasil
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Líderes dos sete países mais ricos do mundo passaram o dia de ontem reunidos (Foto: PHILIPPE WOJAZER/AFP)
Foto: PHILIPPE WOJAZER/AFP Líderes dos sete países mais ricos do mundo passaram o dia de ontem reunidos

Os países do G7, reunidos em uma cúpula no sul da França, concordaram em ajudar os países afetados pelos incêndios que assolam a Amazônia "o mais rápido possível", anunciou ontem o presidente francês, Emmanuel Macron."Há uma convergência real para dizer que todos concordamos em ajudar os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível", disse Macron, anfitrião da cúpula de países industrializados na cidade de Biarritz.

Diante dos pedidos de ajuda, lançados em particular pela Colômbia, "nós devemos estar presentes", disse Macron, que criticou duramente na sexta-feira a "inação" do presidente brasileiro Jair Bolsonaro no combate a este desastre ambiental. As imagens da floresta amazônica em chamas provocaram uma comoção global e impulsionaram o assunto na agenda das discussões do G7, apesar da relutância inicial do Brasil por não estar presente na cúpula de Biarritz.

Emmanuel Macron informou ontem contatos em andamento "com todos os países da Amazônia (...) para que possamos finalizar compromissos concretos de recursos técnicos e financeiros"."Estamos trabalhando em um mecanismo de mobilização internacional para ajudar esses países com mais eficiência", disse o francês.

Quanto à questão de longo prazo do reflorestamento na Amazônia, "várias sensibilidades foram expressas em torno da mesa", acrescentou Macron.

A crise ambiental ganhou tamanha proporção que ameaça o acordo comercial entra União Europeia (UE) e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) assinado no final de junho, após 20 anos de negociações. Acusando Bolsonaro de ter "mentido" sobre seus compromissos com o meio ambiente, Paris disse que, nessas condições, se opõe ao tratado. (AFP)

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