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O cenário de impeachment no horizonte de Bolsonaro
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O cenário de impeachment no horizonte de Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro durante o lançamento de um programa de retomada do turismo, setor gravemente afetado pelo novo surto de coronavírus, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 10 de novembro de 2020.  (Foto de EVARISTO SA / AFP) (Foto: EVARISTO SA / AFP)
Foto: EVARISTO SA / AFP O presidente Jair Bolsonaro durante o lançamento de um programa de retomada do turismo, setor gravemente afetado pelo novo surto de coronavírus, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 10 de novembro de 2020. (Foto de EVARISTO SA / AFP)

CRISE. Os 25 meses de Jair Bolsonaro no poder foram permeados desde o início por dois fatores. O primeiro é a turbulência provocada por ele próprio e por seus seguidores. Seja por declarações que tumultuam o ambiente político-institucional, seja por ações de gestão para lá de questionáveis.

O segundo ponto é, em parte, consequência do primeiro. Desde que ele chegou ao Palácio do Planalto, não faltaram opositores que o querem fora de lá. Na gaveta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, repousam mais de 60 pedidos de impeachment. A grande parte deles protocolada após março de 2020, ou seja, relacionada à condução de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.

Os números - mais de 215 mil mortes - escancaram os erros do governo federal durante a crise sanitária. O desdém à ciência, a propaganda antivacina, o estímulo a aglomerações e a tentativa de empurrar remédios ineficazes goela abaixo do povo são algumas das assinaturas de Bolsonaro na pandemia.

A crise em Manaus e o início da vacinação pesaram para que a popularidade derretesse. Bolsonaro é o único líder mundial que saiu politicamente derrotado do início da imunização. Na última semana, o tom subiu e nunca se falou tanto em impeachment deste governo.

A queda da aprovação aliada à economia claudicante e uma possível crise social com o fim do auxílio emergencial começam a desenhar o cenário para o impedimento presidencial. Faltaria o contexto político. Portanto, a eleição para a presidência da Câmara daqui a oito dias, contrapondo Baleia Rossi (apoiado por Maia) e Arthur Lira (candidato de Bolsonaro) será determinante para o futuro do ocupante do Planalto.

 

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