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Em Fortaleza, suspeitas de dengue caem 74,5% em relação a 2020
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Em Fortaleza, suspeitas de dengue caem 74,5% em relação a 2020

Foram 155 casos da doença confirmados neste ano
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ARBOVÍRUS são transmitidos pela picada de mosquitos como o Aedes aegypti (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves ARBOVÍRUS são transmitidos pela picada de mosquitos como o Aedes aegypti

Até o último dia 19, foram registradas 496 suspeitas de dengue em Fortaleza. O quantitativo representa uma redução de 74,5% em relação ao mesmo período de 2020, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Deste total, 155 casos foram confirmados, 208 foram descartados e 133 seguem sob investigação.

Ainda de acordo com a pasta, nas primeiras seis semanas deste ano, a taxa de incidência registrada representa uma média semanal de 1,7 casos/100 mil habitantes, menor que a verificada no mesmo período de 2020, que foi de 3,1 casos por 100 mil habitantes.

Em relação à distribuição espacial dos casos, a maioria foi detectada em bairros da Regional de Saúde VI (onde 42 pessoas tiveram dengue), seguida da Regional de Saúde I (com 34 pacientes). Os bairros com maior número de habitantes que contraíram dengue neste ano são Jangurussu e Barra do Ceará.

O cenário epidemiológico das demais arboviroses urbanas também segue em baixa incidência. Até a sétima semana de 2021, foram 21 registros de chikungunya, sendo seis confirmados. Já em relação à zika, apenas três casos suspeitos foram notificados e nenhum foi confirmado.

O risco da dengue tipo 2

 

“O atual cenário demonstra um fator de risco sobre a força de transmissão e a ocorrência do isolamento viral do tipo 2”, analisa Nélio Moraes, coordenador de Vigilância em Saúde da SMS. “Esse sorotipo fez epidemias no Ceará em 1994 e 2008, perdeu sua força de transmissão e após 11 anos retorna à nossa Cidade como o sorotipo circulante mais predominante”, afirma indicando para a suscetibilidade da população uma vez que poucos têm anticorpos para o sorotipo.

Em 2020, o cenário foi de co-circulação dos sorotipos 1 e 2 entre janeiro e junho e predomínio do sorotipo 2 no segundo semestre. Neste ano, foram encaminhadas ao Laboratório Central (Lacen) 12 amostras para detecção do vírus, que estão em análise.

Eliminar criadouros

 

As arboviroses urbanas mais comuns (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas por meio do mosquito Aedes aegypti. Por isso, a forma mais eficaz de prevenir e enfrentar essas doenças é impedir a reprodução do mosquito.

“Fortaleza está há oito anos sem qualquer epidemia maior de dengue e a participação da população contribui para isso. É necessário inspecionar sua casa uma vez por semana e observar se há criadouros, eliminando esses locais”, enfatiza Moraes. Manter recipientes de armazenamento de água fechados, desentupir calhas, colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas e não acumular materiais que possam reter a água das chuvas são algumas das medidas listadas pelo coordenador.

Atendimento nos postos de saúde

 

“A dengue normalmente se apresenta com um quadro febril, de dores musculares e manchas vermelhas no corpo. Ao início desses sintomas, é fundamental procurar os postos de saúde”, orienta Moraes. “Nesse momento as UPAS e os hospitais estão congestionados por conta da pandemia. O posto de saúde é o aliado principal para esclarecimentos e encaminhamentos”, completa.

O plano de trabalho preventivo às arboviroses em 2021, divulgado em janeiro pela Prefeitura, estabelece 23 postos de saúde como unidades de referência para atendimento de suspeitas e casos de dengue, chikungunya ou zika:

> Carlos Ribeiro - rua Jacinto Matos, 944, Jacarecanga
> Oliveira Pombo - rua Rio Crande do Sul, s/n, Couto Fernandes
> Floresta - rua Tenente José Barreira, 251, Álvaro Weyne
> José Paracampos - rua Alfredo Mamede, 250, Mondubim
> Rebouças Macambira - rua Creuza Rocha, s/n, Jardim Guanabara
> Aida Santos e Silva - rua Trajano de Medeiros, 813, Vicente Pinzon
> Irmã Hercília Aragão - rua Frei Vidal 1821, São João do Tauape
> Rigoberto Romero - rua Alameda das Graviolas, 195, Cidade 2000
> Anastácio Magalhães - rua Delmiro de Farias, 1679, Rodolfo Teófilo
> César Cals de Oliveira Filho - rua Pernambuco, 3172, Planalto Pici
> Eliezer Studart - rua Tomáz Cavalcante, 546, Autran Nunes
> Meton de Alencar - rua Perdigão Sampaio, 820, Antônio Bezerra
> Dom Aloísio Lorscheider - rua Betel, 1895 Itaperi
> Gothardo Peixoto F. Lima - rua Ima Bazet, 153, Damas
> Jurandir Picanço - rua Duas Nações, s/n, Granja Portugal
> Maciel de Brito - avenida A, s/n - 1ª Etapa Conjunto Ceará
> Regina Maria da Silva Severino - rua Itatiaia, 889, Canindezinho
> César Cals de Oliveira - rua Capitão Aragão, 555, Alto da Balança
> Maria de Lourdes - rua Reino Unido, 115, Jardim das Oliveiras
> Mattos Dourado - avenida Des Floriano Benevides, 591, Edson Queiroz
> Melo Jaborandi - rua 315, 80, Jangurussu
> Messejana - rua Guilherme Alencar, s/n, Messejana
>> Luis Costa - rua Marechal Deodoro, 1501, Benfica

Dengue no Ceará

 

Até a primeira quinzena de fevereiro, foram confirmados 286 casos de dengue em todo o Estado, sendo Fortaleza (135), Viçosa do Ceará (79) e Cascavel (29) os municípios com mais habitantes infectados. Nenhum caso grave ou óbito pela doença foi inserido no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) até o momento.

Em todo o ano de 2020, 20.653 cearenses foram infectados pelo vírus da dengue. A maior parte foi registrada entre abril e maio, representando 30,7% do total do ano. Ainda assim, a taxa de incidência permaneceu inferior à média, caracterizando um cenário de baixa ocorrência da doença no Estado.

A região de Fortaleza concentrou a maioria dos casos, seguida do Cariri e do Litoral Leste. Já a região Norte teve o menor número de pessoas com dengue.

Os casos confirmados ocorreram predominantemente nas faixas etárias de 20 a 49 anos, representando 55,2% do total, e no sexo feminino, 54,3%.

Houve confirmação de 17 casos de Dengue Grave. Destes, 11 pessoas foram a óbito, sendo cinco do sexo masculino e seis do sexo feminino, com idades entre 4 meses e 69 anos. Os óbitos confirmados ocorreram nos municípios de Fortaleza (5), Juazeiro do Norte (2), Barbalha (1), Missão Velha (1), Quixeramobim (1) e Pereiro (1).

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