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Velho Chico se abraçouao oceano do sertão
Farol

Velho Chico se abraçouao oceano do sertão

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 Território do Vale do Jaguaribe & Quixeramobim foi um dos que receberam operações de crédito do BNB (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Território do Vale do Jaguaribe & Quixeramobim foi um dos que receberam operações de crédito do BNB

Sem medo de ser feliz, queria aqui tratar também sobre política e pandemia. Sobre viver, juntos e separados. Ainda precisaremos falar muito mais disso, dos mais de 275 mil mortos e de quem nega a ciência e nos nega direitos e dignidade. Mas este meu breve comentário, da semana que passou e dos dias que virão, é sobre consagrar um outro fato.

"A noite do dia 10 de março de 2021 ficará marcada como um momento histórico para o Ceará. A data está selada pelo encontro das águas do rio São Francisco com o açude Castanhão", bem descreveu o repórter Gabriel Borges, do O POVO. Registro feito in loco, ao lado do fotógrafo Aurélio Araújo, em série de reportagens.

Foi o esperado abraço do principal rio do Nordeste - que nasce ainda em Minas Gerais, mas tem grande parte de seu leito dentro da região semiárida - com a maior barragem da região. O Velho Chico, que já foi mais farto, se encontrou com o oceano Castanhão, que há anos aguarda mais chuva e perenidade. As ruínas da velha Jaguaribara já estavam se reapresentando pela falta de água. O mar do sertão voltará a encher, questão de tempo.

Um rio entende os seus caminhos, o homem é quem os desfaz. Se derem certezas de preservação ao manancial, Francisco rio abençoará o vale jaguaribano, também despejará água em Fortaleza. A transposição se consolida. O assunto Chico-Castanhão é um alento diante de tanta dor. Precisamos mesmo respirar.

 

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