Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Não se pode alegar, portanto, que Bolsonaro não sabia, tampouco que agia em desacordo por burrice ou insanidade. É exatamente o contrário. Tudo se deu dentro de uma estrita política a favor da morte, traçada no Planalto, vocalizada pelo chefe do Executivo, ministros e entorno palaciano, entre os quais filhos e apoiadores. O que se segue é essa tragédia que vemos hoje: agravamento do cenário em todos os estados, colapso da rede hospitalar, insuficiência de recursos mesmo para entubar pacientes, que são atendidos no chão em alguns casos; atraso na chegada de vacinas e, por consequência, implementação de respostas como a restrição de fluxo, necessárias no enfrentamento da doença, mas com grande impacto econômico. Acrescente-se a esse descalabro as trocas sucessivas de ministro da Saúde (o quarto desde o início da crise), e tem-se um filme de horror. Se Bolsonaro é genocida? Mais uma vez: eu não sei. Mas não tenho dúvida de que o presidente agiu e age, por métodos e palavras, para fazer do Brasil o cemitério que é hoje.
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