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Henrique Araújo: Eleições de 2022 já começaram
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Henrique Araújo: Eleições de 2022 já começaram

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Pelo menos três movimentos evidenciam que as eleições de 2022 estão na rua. O primeiro deles é a troca de ministros operada pelo presidente Jair Bolsonaro, abrindo mais espaço ao centrão e reduzindo a margem de influência de outros grupos dentro do Governo, como os setores mais ideológicos.

O gesto sugere que Bolsonaro tenta compor uma base com dois objetivos em mente: impedir eventual pedido de impeachment e assegurar um núcleo mais coeso de legendas que possa sustentar o seu projeto de reeleição. Na proa dessa engenharia partidária, estão siglas como o PL e o PP do deputado federal Arthur Lira.

O segundo passo de olho em 2022, este mais escancarado, é a carta assinada por seis potenciais presidenciáveis: Ciro Gomes (PDT), Luciano Huck, os tucanos João Doria e Eduardo Leite, Henrique Mandetta (DEM) e João Amoêdo (Novo). O manifesto interessa menos por seu tema (uma defesa genérica da democracia) do que por colocar lado a lado atores políticos diretamente empenhados numa costura que tente romper a polarização entre o PT e Bolsonaro.

Se vai resultar numa terceira via, são outros quinhentos. Fato é que o documento é indício claro de que os nomes que subscrevem o texto estão procurando jogo no mesmo campo.

Por fim, há a ruidosa entrevista concedida pelo ex-presidente Lula ao jornalista Reinaldo Azevedo (sim, o mesmo que cunhou o termo "petralha"). Noves fora os gracejos do Tio Rei, o bate-papo serviu para que o petista reafirmasse disposição de concorrer ano que vem e expusesse o que pensa sobre o grupo que assina a carta pela democracia - cinco dos quais fizeram campanha por Bolsonaro em 2018.

 

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