Desempenho que supera marcas anteriores e limites. Muito conhecida na área esportiva, a palavra recorde ganhou novas e recorrentes aplicações na pandemia. Em Fortaleza, houve recorde de vacinação contra a Covid-19 em um único dia: 28.434 pessoas tomaram a primeira dose do imunizante na Sexta-feira Santa.

O Estado registrou, um dia antes, o recorde em uma só remessa de vacinas que chega em solo cearense: 371.750 doses. A ampliação de leitos em unidades de saúde públicas e privadas também tem batido recordes de tempo, espaço e mão de obra. São números que dão fôlego neste mais de um ano da convivência com o novo coronavírus.

Mas o ar logo em seguida já parece faltar, quando constatamos o assustador recorde diário de mortes pela doença no Brasil. Mais de mil, mais de dois mil, mais de três mil... Infelizmente, a expectativa é de que o próximo limite a ser superado será o dos quatro mil mortos em um só dia. Nunca vimos tamanha tristeza. Nunca sentimos tanto o misto dos melhores e piores números gerados por uma doença.

E aqui citamos apenas as estatísticas oficiais. Mas quantos recordes cada um de nós tem superado diariamente? Seja na linha de frente, no home office, com as perdas, os medos, os filhos, nas relações de gênero. Quantos de nós já bateu o recorde de pensamentos positivos para seguir em frente?

Que os números de vacinas aumentem e as mortes diminuam. E que consigamos sempre conquistar um novo pódio para nossos recordes de superação.