O mau início de Fortaleza e Ceará na Série A de 2022 tem sido aplacado pelo desempenho nas competições internacionais. O Vovô é o único time 100% na Sul-Americana, enquanto o Leão faturou sete dos últimos nove pontos na Libertadores.
Com esses resultados, os rivais vão chegar à última rodada da fase de grupos dos dois torneios, na quarta-feira, 25, com boas chances de alcançar mais um marca inédita: avançar de fase uma competição internacional.
O Fortaleza já o fez. O Tricolor joga por um empate contra o Colo-Colo, no Chile, para ir às oitavas de final da Libertadores, mas se não conseguir, tem assegurada na mesma etapa da "Sula", para onde o Ceará busca carimbar passaporte. E o Alvinegro pode até perder por um gol de diferença na Argentina, para o Independiente, que ainda assim avança no torneio.
Competitivos em chaves nas quais não eram favoritos, Vovô e Leão mostram a força de seus elencos e que aprenderam a lidar com competições de alto nível. Desafios têm sido o combustível de ambos e já não é mais estranho vê-los conquistar grandes resultados.
A euforia, porém, não pode se sobrepor à razão. Ceará e Fortaleza ainda estão em um processo de solidificação na elite do futebol nacional e o Campeonato Brasileiro é a grande régua. Fora da Série A, não há como jogar competição internacional, as arrecadações são menores e isso reflete diretamente na qualidade do time. Quebrar barreiras é empolgante e significa dinheiro e prestígio, mas não é isso que constitui solidez. É preciso equilíbrio.