O estado do Maine, no nordeste dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (28) que o magnata Donald Trump não aparecerá nas cédulas das primárias presidenciais republicanas de 2024, uma semana após uma decisão semelhante em Colorado, relacionada ao ataque ao Capitólio em 2021.
"Ele não está qualificado para ser presidente" de acordo com a 14ª Emenda da Constituição, que exclui da responsabilidade pública aqueles que tenham participado de atos de "insurreição", disse em um documento oficial Shenna Bellows, secretária de Estado do Maine, responsável pela organização das eleições.
A decisão do Maine será impugnada nos tribunais por Trump, anunciou seu porta-voz de campanha, e poderia ser objeto de um recurso final na Suprema Corte dos Estados Unidos.
Trump se apressou em condenar a decisão, afirmando que foi tomada por "um esquerdista radical" que era um "ardente apoiador" de Joe Biden.
"Estamos testemunhando ao vivo uma tentativa de roubo de uma eleição e a privação do direito de voto do eleitor americano", denunciou o republicano por meio de sua equipe de campanha.
Em 6 de janeiro de 2021, centenas de apoiadores de Trump invadiram violentamente o Capitólio, santuário da democracia americana, em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de seu oponente democrata Biden.
Trump e seus apoiadores mais fervorosos continuam contestando, sem provas, os resultados das eleições de 2020.
O ex-presidente foi indiciado em 1º de agosto a nível federal e, posteriormente, em 14 de agosto, pelo estado da Geórgia, acusado de tentar anular os resultados das eleições de 2020.
Em vários estados do país, foram iniciados processos para bloquear o caminho do claro favorito nas primárias republicanas.
Enquanto Michigan e Minnesota os rejeitaram, o Tribunal Supremo do Colorado foi o primeiro, na semana passada, a declarar Trump inelegível por suas ações durante o ataque ao Capitólio.