Expandir a operação e atender uma quantidade maior e mais diversa de clientes é o objetivo de toda empresa. E, para conseguir esse status, é preciso saber o momento certo de investir na expansão da empresa. Principal investimento a ser realizado para se tornar um grupo de negócios, com diferentes empresas atendendo nichos de público, é o planejamento.
A personalização cada vez maior da oferta de serviços é o que vem atraindo os clientes no mercado atual. Pensar fora da caixa é necessário, mas nunca fugindo dos reais anseios dos clientes com perfis específicos. O período da oferta generalista passou, avalia o professor do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará (UFC), Chico Neto.
Segmentação e especialização são táticas tradicionais na delimitação de mercados. Elas permitem desenvolver ofertas com mais precisão às necessidades e especificidades dos públicos estratégicos", comenta.
Em meio à pandemia, algumas empresas precisaram se movimentar e readequar a oferta de serviços. Os hábitos de consumo do público mudaram e novas demandas apareceram. Foi nesse cenário que o Grupo Servnac, já reconhecido no mercado cearense por ser referência em facilities e terceirização de mão de obra especializada em vigilância, limpeza e conservação, encontrou um novo público-alvo: as pessoas físicas.
Em meio ao isolamento social, as pessoas passaram mais tempo em casa, parte das empresas foram para o home office, com isso, outras demandas apareceram. O diretor de Marketing do Grupo Servnac, Alan Guanabara, enumera a ampliação do portfólio do grupo com novos serviços de sanitização e dedetização de ambientes, além de serviços relacionados à manutenção de ar-condicionados. A ampliação de portfólio mais recente é a de serviço de internet, o Servinactec. "Querendo ou não, qualquer pessoa jurídica que venha a ser nosso cliente, primeiro é pessoa física."
"A Servnac viu uma oportunidade de ampliar o serviço de zeladoria e sanitização, que se tornou uma demanda clara. Em três meses de pandemia, passamos a oferecer o serviço. A engenharia por traz para fazer esse essa nova entrega envolvia a utilização de produtos químicos e, a partir daí, passamos a oferecer outro serviço, o de dedetização", pontua.
As novidades se mostram positivas para o faturamento da empresa, que, somente com os novos serviços consegue faturar o equivalente ao rendimento de uma média empresa. A expectativa é fechar um ano de atuação com R$ 800 mil em faturamento.
Eliziane Colares, publicitária, empresária e sócia da Advance, avalia que as empresas que estão conseguindo redirecionar seus negócios para os anseios que o mercado passou a exigir em meio à pandemia é que estão melhores nesta crise. O grande dilema e objetivo no momento é planejar dentro da estrutura que se tem ações e novos produtos que tragam soluções às novas demandas.
"É uma parada para pensar e encontrar novos caminhos, oportunidades, nicho que demande. E é preciso agir rápido, com pesquisa de mercado, análise de comportamento do consumidor, e para isso vários institutos estão pesquisando para saber para onde o mercado vai caminhar, então é possível encontrar muita informação disponível", destaca.
Demora na adaptação pode ser fatal
Ter em mente que o cliente possui demandas específicas e o empreendedor que conseguir atendê-las da forma mais rápida e efetiva sai na frente. O momento é de realizar o redirecionando de suas atividades ao que exige o mercado atual. As que conseguiram fazer isso rapidamente, conseguiram manter receita, ampliando portfólio de produtos.
Eliziane Colares comenta que um caso básico é ter uma boa comunicação com o cliente. Em meio à pandemia, também é importante ter boa presença digital. Ela explica que buscar implementar protocolos mais técnicos para ser encontrado primeiro, melhorar a experiência dos clientes. Vai além do produto.