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Emília Buarque: Ciclo de transformações
Opinião

Emília Buarque: Ciclo de transformações

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Emília Buarque, presidente do Lide Ceará (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Emília Buarque, presidente do Lide Ceará

Diante de nós, um ciclo de transformações no mundo e no Brasil. Numa perspectiva mais próxima, a guerra comercial acirrada entre Estados Unidos e China, sem precedentes, e imprevisível em prazo e consequências, onde estima-se um impacto de até 1,2 trilhão de dólares no comércio global.

Nos últimos 3 anos, navegamos pelos governos Dilma, Temer e agora Bolsonaro. Personificar governos é algo que esperamos que caia em desuso, pois o correto é nos associarmos a projetos de país.

Torna-se alvissareiro perceber que temos uma bela agenda econômica na direção de uma agenda social. E é exatamente a este elo que devemos nos fixar, com a independência de discordar, complementar e também conciliar.

A próxima parada é a reforma tributária, que certamente não será tão consenciosa quanto a da seguridade social. E olhos abertos para ITF (imposto sobre transações financeiras) ou IBS (imposto sobre operações com bens e serviços), pois há muito o que se esclarecer e o objetivo deve ser impulsionar a economia.

Mas, além da reforma da Previdência, há o que pouco se comenta e o que muito se faz. É o caso de medidas como: liberação do FGTS, concessões e privatizações, suspensão de contratos onerosos ao País, a importante MP 881/2019, dentre outros.

Por outro lado, há o que não é passível de compreensão, como a perspectiva de redirecionamento de parte do FNE ao Fundeb. Este fato pode redundar numa grande bola fora da atual gestão, como também não será a solução para a educação no País, que tem como deficiência a má gestão dos recursos e ausência de uma política transformadora a longo prazo.

E, agora, digamos com clareza o que precisa ser dito, mas que pouco tem sido abordado: não conseguiremos adentrar nesta roda do crescimento se estados e municípios não seguirem o viés da simplificação, desoneração e enxugamento da máquina púbica a exemplo do que busca o Governo Federal. O novo olhar não deve ser o de buscar benefícios para os governos, e sim para o País e a população, visando a retomada do emprego e ampliação da renda.

E, assim, vamos nos preparando para um ciclo de transformações, não menos atentos, como também não mais descrentes; mas certamente imbuídos de elevado espírito de cooperação com o Brasil. 

 

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