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Jarbas Vasconcelos: Manifesto em defesa do País
Opinião

Jarbas Vasconcelos: Manifesto em defesa do País

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Tipo Notícia Por
Jarbas Vasconcelos
Senador de Pernambuco (MDB)
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Jarbas Vasconcelos Senador de Pernambuco (MDB)

Preocupados com a situação política, econômica e social do nosso País, um grupo de professores, sociólogos, políticos, intelectuais, economistas, advogados, empresários e profissionais liberais se reuniu em Pernambuco para fundar o Movimento Ética e Democracia. Fiz parte dessa iniciativa, que saiu do papel em 2015.

De lá pra cá, foram inúmeros encontros, discussões, análises e mobilizações sempre buscando iniciativas e saídas para crise instalada no Brasil.

A superação das dificuldades que o País atravessa requer reflexão, união e mobilização de todos. Com base nisso e também em função das recentes declarações do presidente da República, o Movimento Ética e Democracia lançou um manifesto com importantes e justas preocupações.

O documento mostra que em sete meses da atual gestão do Executivo temos motivos para nos preocupar e para cobrar responsabilidades. Não podemos assistir passivamente demonstrações de despreparo ou desrespeito por quem ocupa o mais alto cargo do nosso País.

O manifesto condena com veemência as falas do presidente que demonstraram recentemente um profundo preconceito com o povo nordestino e, num caso ainda mais grave, tripudiaram sobre um filho que perdeu o seu pai durante o regime militar. Tal declaração, mais do que lamentável, é inaceitável sob todos os aspectos.

Além disso, o Manifesto reivindica uma política educacional capaz de construir um pacto nacional pelo desenvolvimento das capacidades humanas; rejeita o desmonte da política ambiental brasileira e defende que o Brasil cumpra suas metas no Acordo de Paris; defende o respeito à carreira diplomática e a impessoalidade na indicação dos representantes do País nas embaixadas nacionais; condena a ocupação das terras indígenas com atividade de garimpo; rejeita a flexibilização da posse e do porte de armas em um País já marcado pela violência; por fim, reitera a reprovação às declarações do presidente da Republica que afrontam os direitos humanos e as instituições democráticas.

Precisamos deixar de lado interesses pessoais, ideológicos e partidários que alimentam esse ambiente confuso que estamos vivendo. A energia de todos nós, a começar pela energia do presidente da República, deve ser voltada para a construção de consensos mínimos, da governabilidade e da harmonia do ambiente produtivo. O País e nosso povo não aguentam mais esperar. 

 

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