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Rui Costa: Gerar renda como forma de salvar vidas
Opinião

Rui Costa: Gerar renda como forma de salvar vidas

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Tipo Notícia Por
Rui Costa
Governador da Bahia (PT)
 (Foto: Camila Souza/Governo da Bahia)
Foto: Camila Souza/Governo da Bahia Rui Costa Governador da Bahia (PT)

A pandemia da Covid-19 é um desafio sem precedentes para os gestores públicos da nossa geração. Quando foi decretada pela Organização Mundial de Saúde, compreendemos que a ameaça de uma grande crise humanitária era real, percepção que se agravou com a negação do Governo Federal em liderar um esforço integrado para conter o avanço da doença e suas consequências sociais e econômicas. Na Bahia, programas de transferência de renda e de apoio aos pequenos negócios ajudaram a suavizar o impacto da queda na arrecadação e, principalmente, salvaram vidas.

Atendendo às recomendações das autoridades sanitárias, procuramos garantir a segurança hídrica de 800 mil pessoas isentando do pagamento da conta de água, nos meses mais críticos da pandemia, famílias com consumo mensal de até 25 metros cúbicos, o que representou investimento de R$ 17,7 milhões.

Outra ação abrangente foi a criação do vale-alimentação estudantil, que substituiu a distribuição da merenda escolar interrompida na pausa das atividades escolares. Destinamos R$ 132 milhões a 800 mil estudantes nos 417 municípios baianos.

Levantamentos mostram que a maior parte foi gasta em gêneros de primeira necessidade em 18 mil estabelecimentos comerciais credenciados, o que fez desse programa um indutor da atividade econômica.

Apesar da queda de arrecadação de R$ 1,5 bilhão em três meses, mantivemos ações voltadas à juventude, como o Partiu Estágio. Lançado em 2017, abriu 18,8 mil vagas nas secretarias e órgãos do governo e contratou quase 12 mil universitários.

Outro programa continuado durante a pandemia foi o Primeiro Emprego, que já contratou oito mil jovens egressos da educação profissional desde 2016, quando foi criado. Até 2020 o programa demandou R$ 330 milhões de investimento, atendendo a um público majoritariamente feminino (73%) e negro (83%). Para 42,5%, o Primeiro Emprego é a única fonte de renda familiar.

Em pleno funcionamento, o Mais Futuro viabiliza a permanência dos estudantes em vulnerabilidade socioeconômica nas universidades públicas estaduais. Oferece bolsa de R$ 300 para quem estuda a até 100 quilômetros de onde mora e de R$ 600 para os que vivem a uma distância maior. Desde o início da pandemia, R$ 23 milhões em benefícios chegaram a 12 mil alunos.

Fizemos da produção de máscaras uma forma de geração de renda. Com investimentos superiores a R$ 3,6 milhões, o Governo do Estado vai adquirir 14 milhões de unidades. São produzidas por 600 trabalhadores de corte e costura e outras 600 associações, cooperativas e empresas habilitadas via edital para a confecção desses protetores faciais.

Na agricultura familiar, selecionamos 322 projetos por meio de edital, proporcionando renda a dez mil famílias de pequenos agricultores. As organizações produtivas contempladas receberão investimento de até R$ 50 mil cada.

Como se vê, atuamos de forma imediata em benefício das populações mais sujeitas aos impactos econômicos e sociais da pandemia. A Bahia possui área maior do que a França, com 15 milhões de habitantes, e estamos atravessando a crise tendo o bem-estar das pessoas como norte. 

 

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