A histórica eleição de Joseph Robinette "Joe" Biden Jr., político mais idoso a assumir o cargo de presidente do maior e mais influente império do mundo pós romano, tem ecos e reparações a um passado recente aos nossos olhos… e ouvidos:
Exalta-se, como numa homenagem, a histórica luta pela independência dos EUA, resultado do esforço obstinado e sofrido de personagens valorosos, que acreditavam nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens.
Relembra-se, como numa fotografia, a épica e violenta guerra de Secessão, que refletiu os diferentes aspectos históricos, políticos e culturais de grupos e regiões envolvidas no conflito, pelo esforço de um grupo político (Norte ou a União) em combater um movimento de secessão (Sul, Separatistas ou Confederados), motivados por divergências ao processo de abolição da escravatura dos negros, defendida por Abraão Lincoln, um dos maiores estadistas da história humana.
Louva-se a defesa intransigente da liberdade, ameaçada na segunda guerra mundial, por nações que professavam ideologias tirânicas e autoritárias nazifascistas como instrumento de dominação de outros povos, liderando e combatendo, através de heroicas batalhas, um inimigo impiedoso e destituído de respeito à condição e aos direitos humanos.
Repara-se as injustiças, humilhações, agressões, intolerâncias e preconceitos dirigidos, recentemente, a grupos minoritários, engendrados por indivíduos que foram levados por uma onda vazia e ultraconservadora, que apresenta a bandeira negacionista do progresso da ciência através de movimentos contrários à vacinação, terraplanistas, fundamentalistas religiosos e radicais de extrema direita.
Somos testemunhas históricas desse processo humanitário de mudança, na qual a moderação, o bom senso e o equilíbrio são os principais timoneiros desse barco que abriga, cada vez mais, passageiros necessitados de justiça.