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Henrique Soárez: Educação e saúde: reviravoltas na pandemia
Opinião

Henrique Soárez: Educação e saúde: reviravoltas na pandemia

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Henrique Soárez
Engenheiro eletricista, diretor do Colégio 7 de Setembro e Uni7
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Henrique Soárez Engenheiro eletricista, diretor do Colégio 7 de Setembro e Uni7

A primeira reviravolta da pandemia foi a constatação de que, mesmo tratando-se de uma virose respiratória, o SARS-CoV-2 tem baixa transmissibilidade em ambiente escolar. Ainda em 2020 firmou-se um consenso mundial que as escolas deveriam ser as últimas atividades a fechar e as primeiras a reabrir.

A segunda reviravolta é que médicos e cientistas tenham escolhido buscar reforços entre os educadores. A educação foi preterida durante o primeiro ano da pandemia, mas agora a ciência resolve destacar a importância do trabalho conjunto como forma de celebrar o Dia Internacional da Educação (24 de janeiro). "A educação é a única escada para fora da pobreza para muitas crianças e adolescentes, e é crucial que empoderemos meninas para alcançarem independência econômica e para resistirem a violação dos seus direitos." Assim o The Lancet, um dos principais periódicos médicos, abordou o tema na sua mais recente edição. O texto segue: "adolescentes são particularmente afetados pelo fechamento das escolas e pelas aulas remotas no ensino superior. Alguns deixam a escola para encontrar trabalho mais cedo, outros enfrentam problemas de saúde mental como solidão ou ansiedade". E conclui: "abordagens educacionais holísticas que valorizam a saúde e o bem-estar podem ser efetivas. Esse tipo de cooperação poderia revitalizar não somente a educação, mas também a saúde de crianças e adolescentes".

A terceira reviravolta fica por conta dos feriados. No início da pandemia as escolas foram fechadas e os feriados antecipados. Agora, com a proximidade do Carnaval, o Governo do Estado do Ceará acena para que escolas particulares adiem os feriados e deem aulas. As escolas estão prontas a colaborar, como têm feito desde 18/03/2020. Há que se envolver também o sindicato laboral, uma vez que os feriados constam em convenção coletiva. De qualquer forma, ficamos felizes por perceber que as aulas são agora encaradas como aliadas no combate ao vírus.

A reviravolta que todos gostaríamos de ver seria que prefeitas e prefeitos aderissem ao chamado do Unicef para priorizarem a abertura segura de todas as escolas. 

 

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