Logo O POVO+
Luiz Antonio Trotta Miranda: Oportunidades e desafios econômicos
Opinião

Luiz Antonio Trotta Miranda: Oportunidades e desafios econômicos

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Luiz Antonio Trotta Miranda
Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE) 
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Luiz Antonio Trotta Miranda Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE)

Há pouco mais de um ano do primeiro caso registrado de Covid-19, a pandemia impactou profundamente as relações familiares, a dinâmica dos negócios, a vida em sociedade, e o desenho da geopolítica global. A evolução dessas transformações em gerações futuras ainda é incerta e preocupante.

Ao longo de 2020, empresas cambalearam em incertezas. O temor de uma repetição do colapso econômico de 2015 e 2016, dessa vez em maiores proporções, se espalhou entre os executivos mais rápido que o próprio vírus. Fábricas foram fechadas, projetos postergados e funcionários dispensados, criando um perverso círculo vicioso.

À medida que a pandemia paralisou inúmeras empresas, também agiu como uma formidável ferramenta de aceleração de tendências, impulsionando a inovação e o desenvolvimento de tecnologias disruptivas. Novos comportamentos e hábitos dos consumidores estão redimensionando canais de atendimento, alterando práticas comerciais e hábitos de consumo. Empresas tradicionais estão sendo desafiadas e novas empresas criadas. Esse momento tem sido um lembrete que a adversidade muitas vezes força sociedades a evoluírem.

O Estado deve assumir o protagonismo nesse momento, assegurando que o excesso de regulamentações e o peso da burocracia não retardem empresas inovadoras em criar um ambiente de negócios dinâmico e competitivo, além de atuar como um facilitador de novas tecnologias. Tome-se como exemplo o caso das fintechs e bancos digitais, que estão revolucionando os métodos atuais de pagamentos, reduzindo custos, implementando uma nova dinâmica econômica e, por fim, beneficiando o consumidor. O Estado atuando como agente regulador e facilitador, estimulando a livre concorrência.

Os desafios que a pandemia nos impôs permitiu que vacinas fossem desenvolvidas em tempo recorde, algo inimaginável em um passado recente, com exemplares casos globais de cooperação entre o gestor público e privado.

Pelas dificuldades impostas pela extensão territorial do Brasil, podemos evoluir muito em áreas como educação a distância, telemedicina, logística, fontes renováveis de energia, técnicas agrícolas, internet das coisas (IoT), dentre outras, reduzindo desigualdades, gerando desenvolvimento regional e difundindo conhecimento. Respeitando o delicado momento que vivemos, podemos visualizar grandes oportunidades para nosso futuro. 

 

O que você achou desse conteúdo?