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Acrisio Sena: Covid-19, o exemplo que vem do Ceará
Opinião

Acrisio Sena: Covid-19, o exemplo que vem do Ceará

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Acrísio Sena, deputado estadual. Foto: Aurélio Alves (Foto: O POVO)
Foto: O POVO Acrísio Sena, deputado estadual. Foto: Aurélio Alves

O governo Camilo tem se notabilizado pela postura equilibrada diante da tragédia do coronavírus. De início, constituiu um comitê de crise, de caráter científico, agindo à luz das orientações da OMS, de forma firme, ativa e transparente.

Adquiriu mais de 260 toneladas de equipamentos e insumos hospitalares. Realizou mais de 1,5 milhão de testes gratuitos, tornando o Ceará um dos estados com maior índice de testagem do Brasil.

Montou 8 hospitais de campanha, sendo 4 só em Fortaleza. Sem falar no planejamento de imunização, com compra de vacinas, envolvendo todos os municípios cearenses.

Como estadista, deu amparo às famílias em situação de vulnerabilidade: 246 mil famílias beneficiadas com vale-gás, suspensão da conta de água para mais de 377 mil famílias e da conta de luz para mais de 514 mil famílias de baixa renda.

Doação de 439 mil kg de alimentos para mais de 100 mil pessoas. Vale-alimentação para 423 mil alunos da rede pública - que também receberam chips para acessar a internet. Repasse de renda para 48.655 famílias pelo cartão mais infância.

Por outro lado, o governo federal, infelizmente, optou pelo negacionismo da ciência, ignorando relatórios de risco e omitindo-se do seu papel de coordenador nacional no enfrentamento à Covid-19.

Foi avaliado pelo Instituto australiano Lowey como o pior governo na gestão da pandemia entre 98 países pesquisados. A Human Rights Watch, ONG dentre as mais respeitadas do mundo, informou, em seu relatório de janeiro de 2021, que Bolsonaro não apenas foi omisso, mas tentou sabotar medidas de saúde pública.

Bolsonaro demitiu ministros da saúde em plena crise, minimizou efeitos da pandemia, estimulou aglomerações, comprou medicação sem comprovação científica e questionou a eficiência da vacina.

O mais grave: não se preparou para o processo de vacinação. Hoje temos apenas 1% da população brasileira vacinada.

O cenário em 2021 é trágico. Sem a vacinação massiva e a prorrogação do auxílio emergencial, toda a cadeia produtiva, a geração de emprego, as contas públicas, o sistema de saúde, o ano escolar e as políticas sociais ficam comprometidos.

O panorama é ainda mais assustador para a população mais vulnerável. Segundo o IPECE, sem o auxílio emergencial, 47,5% da população cearense pode passar a viver com a média de R$ 27,5 por dia.

É fundamental mobilizar as lideranças políticas e toda a sociedade em defesa do SUS, da vacina e pela manutenção do auxílio emergencial. Trata-se de um problema que vai além da política: é uma questão de defesa da vida. 

 

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