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Henrique Soarez: A pandemia, o lockdown, a escola
Opinião

Henrique Soarez: A pandemia, o lockdown, a escola

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Henrique Soárez
Engenheiro eletricista, diretor do Colégio 7 de Setembro e Uni7
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Henrique Soárez Engenheiro eletricista, diretor do Colégio 7 de Setembro e Uni7

Todo o respeito ao empenho do Governador Camilo Santana e sua equipe, em especial o Secretário Cabeto, na administração da pandemia no Estado do Ceará.

Somos solidários neste momento em que o risco de colapso do sistema de saúde novamente demanda que se busque o difícil equilíbrio entre salvar vidas e preservar meios de vida.

A melhor notícia da semana veio do próprio Governador informando que até o final de março teremos 1074 leitos de UTI para Covid, mais do que tínhamos durante o primeiro pico da pandemia.

O vírus e as ondas de contágio seguem rumos que a ciência ainda está por decifrar. As variantes parecem adiar a elusiva imunidade de rebanho.

A vacina, única solução estrutural, demora por complexidades logísticas globais e problemas políticos nacionais.

Mas, e aqui reside a diferença central entre o primeiro e o segundo ano da pandemia: os profissionais da saúde já sabem tratar a doença. A mortalidade de 2021 é uma pequena fração da mortalidade de 2020.

Seguimos em uma guerra, não há dúvidas. Mas o objetivo estratégico neste ponto do combate, o "Salvar Vidas" de agora, deveria ser um só: dar aos profissionais de saúde tudo o que precisarem para evitar mortes.

Compreendemos o desafio cronológico diante do nosso Estado. A expansão da capacidade de atendimento é complexa (leitos, profissionais, insumos, etc.). Se por isso o lockdown for julgado inevitável, que seja efetivo. Para toda a sociedade e por um número limitado de dias.

Com medidas reais para proteger os cidadãos menos favorecidos. Que, após estes dias, a reabertura seja pautada por indicadores transparentes e públicos, priorizando as atividades que já provaram não ser focos de contaminação.

Dr. Cabeto afirmou à imprensa em 04/01 que "as escolas não tiveram um alto índice de contágio. Foi pequeno, menor do que 1%". Esta fala reflete a operação das escolas, sob protocolos, desde que foi autorizado o retorno às aulas presenciais em setembro.

Assim, que as escolas, públicas e particulares, possam muito em breve voltar a atender seus alunos de forma presencial e segura, zelando não só pela aprendizagem, mas também pela sua saúde integral. Por isso clamam as famílias cearenses. 

 

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