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Luizianne Lins: Vacina para tod@s, já
Opinião

Luizianne Lins: Vacina para tod@s, já

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Luizianne Lins
Deputada federal (PT–CE)
 (Foto: Paulo Winz)
Foto: Paulo Winz Luizianne Lins Deputada federal (PT–CE)

A pandemia chegou, se instalou e ficou. A única forma de combate é a vacina e sem o seu fim não teremos economia crescendo e gerando empregos.

Este era para ter sido o discurso oficial desde o início, liberando recursos para a ciência e tecnologia, fortalecendo a Fiocruz, o Butantan e buscando meios para comprar e produzir a vacina no Brasil. Afinal, quase todos os membros do Brics já produziram sua vacina.

É evidente que o governo federal não se preparou para a pandemia. No início, faltaram: álcool, máscaras, respiradores e leitos. E, é evidente, continua sem preparo; hoje, falta até oxigênio, e temos novos obstáculos causados por mutações variantes do vírus.

Esse despreparo impediu que a Fiocruz e o Butantan produzissem a vacina do Brasil, em 2020.

O governo federal, inicialmente, apostou na cloroquina, desmascarada cientificamente; no negacionismo da doença e na descrença da eficácia da vacina; não seguiu as recomendações da Organização Mundial de Saúde, não compôs o consórcio de países que receberiam a vacina por ordem de população, tratou a pandemia como uma doença qualquer e atrasou a produção da nossa vacina.

Esse atraso, fruto da negação a ciência, custou vidas, sofrimento e comoção nacional. Isso se traduz em perda de popularidade e incompetência para lidar com as questões mais emergenciais, como o auxílio financeiro à população mais necessitada.

No Brasil, o boicote para a superação da pandemia vem de quem deveria pensar a política nacional, de quem deveria executar um projeto de Nação referendado nas urnas, visando ao desenvolvimento econômico.

Nada disso é levado a sério, parece uma brincadeira de mal gosto machista, misógina, racista e ultraconservadora, que flerta com o fascismo, com a violência e com a morte.

Em qual país do mundo a Suprema Corte permite que estados subnacionais possam comprar diretamente suas vacinas?

Somente diante de um governo que desdenha das elevadas mortes e que parece querer que os laboratórios privados assumam o comando da vacinação.

Solidarizamo-nos com todas as famílias, vítimas de uma tragédia que só aumenta no Brasil enquanto cai no resto do mundo. O momento é de solidariedade, esperança e fé no futuro. Apesar desse governo, teremos vacina brasileira para tod@s. 

 

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