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Engel Rocha: Supermercados, resultados e projeções
Opinião

Engel Rocha: Supermercados, resultados e projeções

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Engel Rocha, administrador de empresas (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Engel Rocha, administrador de empresas

No final de 2019, a economia mundial encontrou um desafio inesperado, que não era um indicador mapeado pelas agências de pesquisas, a Pandemia!

O cotidiano precisou ser transformado e adaptado às novas mudanças em virtude da Covid-19 já tinha sido detectada e as autoridades tentavam entender o que poderia acontecer em seu território e quais as melhores medidas para conter o avanço do vírus.

No Brasil tivemos uma pequena vantagem, frente à Europa, uma vez que identificamos a chegada dessa doença por volta do mês de fevereiro de 2020, alguns meses depois dos europeus.

Essa diferença de tempo fez com que as autoridades brasileiras já soubessem que deveriam tomar algumas medidas de urgência, dentre elas a decretação do conhecido isolamento social e a aprovação de um auxílio emergencial para as pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, causada pela primeira medida.

As consequências das duas ações foram sentidas rapidamente em vários setores da economia brasileira. Muitos sofreram perdas absurdas no faturamento, como bares e restaurantes, e outros, como os supermercados, tiveram um movimento contrário, uma vez que o consumo migrou.

Com isso, comparando o acumulado de vendas de 2020 com 2019, de acordo com o setor de pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado em seu sítio eletrônico 11/02/2021, o setor cresceu 9,36%, deflacionado conforme inflação divulgada pelo IPCA/IBGE.

O melhor resultado da série histórica desde 2007. Crescimento alcançado com a ajuda do auxílio emergencial, uma vez que as famílias que o receberam declararam ter usado 63% do recurso

para comprar alimentos e bebidas. Contudo, a confiança do setor para o ano de 2021 não traz o mesmo otimismo, pois em dez/2019 63,6% dos supermercadistas apontavam em um crescimento significativo, pesquisa realizada antes de terem a menor indicação de que poderia acontecer uma pandemia. E em dez/2020 o percentual caiu para 60%.

A retração é ocasionada por vários fatores, como a falta de perspectiva para o fim da pandemia e pelo fim do auxílio emergencial, fatos que puxaram a expectativa para um patamar de 4,5% de crescimento, também deflacionado, mas que pode ter um resultado melhor, caso mantenham a política do auxílio. 

 

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