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Regis Medeiros: Hotelaria convivendo com a pandemia
Opinião

Regis Medeiros: Hotelaria convivendo com a pandemia

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Régis Medeiros
Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis Ceará (Abih-CE)
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Régis Medeiros Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis Ceará (Abih-CE)

É quase que unanimidade, quando se fala nos prejuízos da pandemia que o setor mais prejudicado é o do turismo, sacrificado ao extremo pela proliferação da doença. E, neste setor, despontam a hotelaria e eventos como líderes da estagnação dos negócios.

No Ceará não é diferente. Aqui também a Pandemia nos pegou de calças curtas e nossa sobrevivência econômica tem nos exigido criatividade e disposição. Quando a crise surgiu com toda a força, tivemos que interromper as nossas atividades.

Isso em março de 2020 só retomando-a, com muitas restrições, em agosto do ano passado, frustrando nossas expectativas com o crescimento que despontava no horizonte da atividade.

Reformas nos equipamentos urbanos, como a requalificação da Avenida Beira Mar em Fortaleza, a privatização e consequente reforma do Aeroporto Pinto Martins, o grande número de voos internacionais programados para o ano que chegava promissor, tudo isso nos pintava um porvir imediato de grandes movimentos. Aí, veio a peste e nos atacou em peso.

No que diz respeito a eventos de negócios, com conferências, feiras, congressos, shows e outros, o arraso foi de praticamente 100%. Nossos hoteis sempre tiveram com essa atividade um dos seus principais pontos de faturamento.

E olha que o Ceará, mormente Fortaleza, era um dos principais destinos deste chamado turismo de negócios no Brasil. Mas, temos uma expectativa otimista de que esse quadro em breve vai mudar. Precisamos, no momento, de um pouco mais de compreensão das autoridades no sentido de nos ajudar a sobreviver.

Um dos custos que mais agravam a atividade é o dos impostos, com especial atenção ao IPTU. É um imposto caro que podia ser minorado pelas prefeituras, considerando elas que, se a ocupação hoteleira em Fortaleza, por exemplo, está limitada a oitenta por cento, embora longe disso na realidade, por que não descer ao mesmo patamar o referido imposto... Cidades como Salvador, Natal e Rio de Janeiro, entre outras, estão procedendo assim.

Em tudo isso, fica a certeza de que com perseverança, criatividade apoio das autoridades e acima de tudo muito trabalho, em pouco tempo essa crise vai ser apenas uma lembrança triste do nosso passado. 

 

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