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Acrísio Sena: Afinal, o que é que o Lula tem?
Opinião

Acrísio Sena: Afinal, o que é que o Lula tem?

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Acrísio Sena, deputado estadual. Foto: Aurélio Alves (Foto: O POVO)
Foto: O POVO Acrísio Sena, deputado estadual. Foto: Aurélio Alves

Nos últimos dias, após a correta decisão, no âmbito do STF, de anular processos contra ele, seguida de entrevista fartamente coberta pela mídia, na qual mostrou seu viés de estadista, o ex-presidente Lula virou, novamente, a bola da vez no jogo da política brasileira.

Mas, além dos revoltantes fatos acerca dos "julgamentos" aos quais o ex-presidente foi submetido, que se mostraram uma imensa farsa jurídica capitaneada pelo dublê de juiz, ministro e promotor Sérgio Moro, chama a atenção outra característica fundamental na história do petista: o domínio absoluto do discurso político.

Afinal, o que é que Lula tem? Lula tem a palavra a seu favor. Mesmo cometendo aqui e ali alguns exageros, o ex-presidente fala com propriedade. E encanta multidões.

Na atual conjuntura, onde a ignorância, a incompetência administrativa, a falta de educação e escrúpulos e o fundamentalismo infestam o meio político, notadamente nos arroubos vindos do clã Bolsonaro e seus acéfalos seguidores, a fala de Lula é um verdadeiro bálsamo para os ouvidos da população.

Lula fala bem porque conhece. Esteve lá, administrando um país de imensas desigualdades e problemas, conseguindo fazer ótimos governos.

Sua capacidade de articulação levou o Brasil a um estágio de reconhecimento no mundo inteiro, liderando países em iniciativas políticas, sociais, econômicas e ambientais.

Sua política econômica levou o país praticamente ao pleno emprego, gerando riqueza e distribuindo renda, montando um Estado com programas sociais que reduziram a fome e as inúmeras desigualdades históricas do povo brasileiro. Tudo isso, diga-se de passagem, respeitando as instituições e o estado democrático de direito.

Porém, em relação às especulações sobre as eleições de 2022, acredito que a melhor atitude, neste momento, é esperar. Porque há outro debate bem mais urgente no momento: salvar vidas, vacinar em massa e garantir o sustento de milhões que precisam do Estado para sobreviver.

Após vencermos a pandemia e estancarmos esta triste realidade de mais de 310 mil mortos, poderemos falar de alianças e de eleições. 

 

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