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Capitão Wagner: O toma-lá-da-cá na máquina pública
Opinião

Capitão Wagner: O toma-lá-da-cá na máquina pública

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Capitão Wagner
Deputado federal (Pros)
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Capitão Wagner Deputado federal (Pros)

É dinheiro demais! Uma afirmativa nunca foi tão correta e verídica quanta a que foi dita pelo deputado que teve o áudio vazado. É dinheiro demais! Infelizmente, essa abundância de recursos não chega à mesa do povo cearense, que anda sofrido e castigado pelo abandono.

O modus operandi do grupo político dos Ferreira Gomes, há pelo menos 30 anos, tem deixado marcas que, a cada gestão, fica impossível de apagá-las. Sem se preocuparem com a população, continuam usando os recursos públicos para beneficiar a eles mesmos, amigos, parentes e aliados, abrigando-os na máquina pública.

Em um exemplo atual e discrepante, em Fortaleza, os feirantes impactados pela pandemia e que não podem trabalhar receberão auxílio emergencial no valor de R$ 100,00 para dois meses.

Em minha opinião, qualquer valor é bem-vindo nesse momento de dificuldade extrema, mas, quando se analisa o que a gestão paga para a "cota política" para os próximos quatro anos, o paradoxo é questionável: para os amigos de Sarto, em plena pandemia, os salários chegam a R$ 20 mil.

Na campanha de 2020, repetidamente alertei que a aliança ampla do adversário teria fatura cara na formação do governo. Indicação política é natural, mas é preciso um limite, friso. E, infelizmente, não é isso que estamos vendo, basta observar a quantidade de parentes na gestão. O Diário Oficial não nos deixa mentir.

Próximo da marca dos três meses de gestão, a imprensa deu conta de que o prefeito José Sarto já nomeou cerca de 50 pessoas com perfil de indicação política para a estrutura da Prefeitura de Fortaleza.

Entre os nomes que já tiveram nomeação oficializada, estão vereadores, lideranças partidárias e, principalmente, candidatos derrotados nas urnas em 2020. Contratações caras e que pesam e engessam a Prefeitura de Fortaleza.

Em nível estadual, pagamos a maior fatura pelo combustível, pelo uso da luz do sol (energia solar) e, agora, o arroz e os produtos derivados do leite ficaram mais caros. Mas quem ganha com o toma-lá-dá-cá?

Infelizmente, o maior problema com esses acordos na política é a ineficiência na gestão. Pior, ao povo, a quem deveria se governar com compromisso, ética, verdade e respeito, sobram remédios amargos.

A máquina pública e o apadrinhamento político no Estado do Ceará transformou as gestões em empresas privadas, balcão de negócios e, em cadeia, beneficiam apenas àqueles que querem beneficiar. 

 

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