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Ana Carolina Barbosa: Dados pessoais e as instituições financeiras
Opinião

Ana Carolina Barbosa: Dados pessoais e as instituições financeiras

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Ana Carolina Barbosa, advogada e presidente da Comissão de Direitos Bancários da OAB-CE (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Ana Carolina Barbosa, advogada e presidente da Comissão de Direitos Bancários da OAB-CE

Fazer uma operação bancária via internet é mais comum do que ir até uma agência, mas quais os cuidados você deve ter frente aos criminosos? Já pensou que a culpa pode ser sua, por fragilizar os seus dados?

A responsabilidade Civil é o que gera esses atos criminosos junto às instituições financeiras e aos consumidores. É possível deixar, inclusive, de aplicar a lei para o fornecedor dos serviços e a vítima acaba por ficar a ver navios.

Diante dos dados publicados pela Febraban, só no primeiro bimestre de 2021 os ataques chamados de phishing cresceram em até 100% em relação ao ano de 2020, enquanto que os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento ainda maior, de 340%.

Esses dados fazem com que a população precise de mais informações antes de tomar algumas decisões. Segundo a Febraban, os acessos aos dados são comprometidos nas seguintes operações: compras online (35% das citações), sites em geral (33%), pesquisas on-line sobre termos e uso de sites de busca (23%) e serviços bancários online o telefônicos (21%). Abaixo do patamar de 20% estão: postagens e atividades nas redes sociais (17%), uso de aplicativos sobre localização física (15%), cadastros de serviços públicos (13%), e conversas no WhatsApp e outros aplicativos similares (12%). Com os menores percentuais de menção aparecem os jogos online (8%) e as compras presenciais (4%).

O consumidor precisa estar atento, pois Dormientibus non succurrit jus - em uma tradução simples, "o direito não socorre aos que dormem". Por isso, algumas dicas podem ser extremamente úteis, como no WhatsApp utilizar a verificação em duas etapas, não permitir que sua foto fique pública e ativar o código PIN do CHIP do seu celular, além de não fornecer em hipótese alguma os dados pessoais.

Sim, boa parte das empresas ainda não possui as adequações necessárias da lei geral de proteção de dados, o que pode facilitar um vazamento dos seus dados pessoais. Cuidado ainda com os Links enviados nas redes sociais, eles podem conter hackers e outros perigos para os seus dados.

Segurança digital é imprescindível em nossa sociedade e não dá para fechar os olhos e tentar um dano moral junto à instituição financeira. Os cuidados devem começar pelo consumidor. Sempre consulte um advogado em caso de dúvida! n

 

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