Ao longo do desenvolvimento das Ciências Econômicas diversas escolas de pensamento econômico surgiram e foram protagonistas em determinados momentos da história. A citar por exemplo a escola clássica que tem como principal expoente Adam Smith, ou ainda, a escola Keynesiana e Marxista, desenvolvidas por Keynes e Marx, respectivamente.
Como bem destacou Schumpeter em 1954 "Cada geração de economistas constrói sobre o trabalho de seus predecessores, reinterpretando e expandindo o conhecimento existente". E de fato as correntes de pensamentos econômicos estão sempre evoluindo, não há nada estático em economia, muito menos o pensamento.
Entretanto, alguns pressupostos basilares caracterizam essas escolas, por exemplo o liberalismo econômico, aqui já denominado como pensamento clássico, tem no livre comércio, ou seja, na mínima intervenção do estado na economia, seu pressuposto básico.
Mas como explicar para os novos economistas as primeiras medidas de mercado implantadas pelo atual presidente americano Donald Trump? Este que seria o grande símbolo do atual "liberalismo econômico" está impondo taxas a importações de vários produtos, e em alguns casos como o da China uma taxação generalizada que inclui qualquer produto de origem deste país. Como acomodar essas medidas como liberais nos atuais manuais de economia?
Mais incomum ainda, é assistir à reação de um país com regime político socialista, a China, ingressar com uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC), maior representação do liberalismo econômico no mundo, contra os USA, aquele que seria até o verão passado o modelo a seguir para os ditos liberais.
É notório perceber que essas ações e reações criam um cenário de muitas incertezas, com perspectivas de gerar uma retração da economia em escala mundial, e inflação no curto prazo em várias economias, que por reciprocidade estão também taxando os produtos americanos.
Será que assistimos o desenrolar de uma nova escola de pensamento econômico? Que resultados ela causará? Muitas apostas já estão na mesa, e a imaginar que as várias bravatas do atual presidente Norte Americano podem se tornar medidas concretas, que nome daremos a essa salada econômica? Certo é, risque liberalismo econômico dessa lista.