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POLÍTICA NA HORIZONTAL
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POLÍTICA NA HORIZONTAL

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O senador cearense Eduardo Girão (Novo) transformou a bandeira do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) numa das prioridades de seu mandato, especialmente na segunda metade dele, relacionada aos quatro últimos anos. É quase uma obsessão e parece pouco, no que parece ser normal dentro da política, para levar alguém à vitória numa disputa majoritária, como a que ele deve ter em 2026 como candidato ao governo do Ceará.

Claro que ele não iria perder a chance de cobrar do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (PSD-RR), agora em rota de colisão com os ministros do STF, sua "falta de coragem" por não ter, antes, levado adiante nenhum dos vários pedidos de afastamento apresentados à mesa diretora nos últimos anos.

Heitor Férrer, hoje deputado estadual pelo União Brasil, em outros tempos da política cearenseera uma das vozes mais críticas ao estilo Ferreira Gomes de tocar o poder. Ao ponto de ter deixado o PDT, após longa trajetória brizolista, incomodado, à época, com a entrada na legenda do então governador Cid Gomes, a quem fez oposição implacável, tanto quanto eficiente, durante quase todo o tempo em que durou a gestão.

Por tudo isso, chama atenção que ele demonstre hoje até algum entusiasmo com a ideia de Ciro Gomes, irmão de Cid, vir a ser o candidato oposicionista ao governo em 2026. Seu vaticínio é claro e definitivo: "sem ele não temos esperança; não temos chance na disputa pelo governo do Ceará".

Além da queda, coice No julgamento da bancada do PL na Assembleia Legislativa do Ceará, que começou no TSE e já tem o primeiro voto pela cassação dos deputados Carmelo Neto e Alcides Fernandes, dá-se um efeito colateral que deveria chamar mais atenção. Corre o risco de sobrar para o ex-presidente do partido no Ceará, Acilon Gonçalves, que pode sair do processo inelegível, apesar de nem mais filiado ser.

De volta ao PSB desde outubro último, Acilon tem planos eleitorais para o próximo ano e, caso consiga se livrar do imbróglio legal, disputará uma das 22 vagas na Câmara Federal em disputa para a bancada cearense. Aliás, seria uma perda grande para o partido já que era considerado um dos possíveis puxadores de votos.

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