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Grupos fazem paralisações contra nova legislação trabalhista

2017-11-10 01:30:00
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As principais entidades representantes dos trabalhadores irão promover manifestações hoje em repúdio à implementação na nova legislação trabalhista, em 11 de novembro. O Dia Nacional da Paralisação está previsto para acontecer em todas as capitais e no Distrito Federal, com início às 9h30min. Em São Paulo, a concentração será na Praça da Sé, com caminhada até a Avenida Paulista.


O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, explicou que o movimento não está focado apenas nas novas regras para relações de trabalho. “Mais do que um ato de repúdio à reforma trabalhista, que retira direito dos trabalhadores, e contra a portaria do trabalho escravo, a manifestação desta sexta-feira será um preparo para uma paralisação nacional”, declarou. “Não vai ser manifestação como nesta sexta-feira, será paralisação mesmo”, destaca.


O mote da futura paralisação, explicou Juruna, é protestar contra a reforma da Previdência. “O governo está buscando meios para colocar a reforma da Previdência na pauta ainda neste ano. É um tema muito relevante não apenas para os trabalhadores de carteira assinada, mas também para trabalhadores rurais e autônomos”, disse o secretário-geral da Força, que não estabeleceu data para esta paralisação, o que estaria condicionado à tramitação da reforma.


O ato será um movimento unificado das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e das Centrais Sindicais: Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil no Ceará (CTB-CE) e Intersindical.


Atos no Ceará

No Ceará, o maior ato ocorrerá em Fortaleza, com concentração às 9 horas na Praça Clóvis Beviláqua – também conhecida como Praça da Bandeira, no Centro. Também haverá protestos na região do Cariri.

 

“Estamos voltando às ruas em todo o Brasil em defesa dos direitos e também contra o desmonte da previdência e pelo fim do trabalho escravo”, diz o presidente da CUT-CE, Wil Pereira.


Ele enfatiza que a população deve ser alertada sobre todos os males da nova lei trabalhista, prevista para entrar em vigor já no próximo sábado. “Ela precariza as relações de trabalho e dá autonomia aos patrões para negociarem o que quiserem com os empregados”.


São exemplos dessas negociações: 13º salário, aumento da jornada de trabalho, diminuição de intervalo de almoço, férias e aumento da jornada de trabalho.


Se unirão ao ato na Clóvis Beviláqua os trabalhadores que participarão da Marcha da Esperança, que unirá servidores e representares de outros movimentos setoriais, como de mulheres e negros.

 

SERVIÇO

 

Dia Nacional de Luta contra a Reforma Trabalhista/Marcha da Esperança

Quando: hoje, às 9 horas

Onde: Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira – Centro)

Adriano Nogueira

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