Justiça ainda enfrenta desafios para dar respostas rápidas
A declaração gravada em vídeo de Eduardo Bolsonaro soma-se à lista dos diversos casos que vêm ocorrendo durante a campanha eleitoral e sobre as quais são exigidas respostas da Justiça. Contudo, tem sido recorrente a falta de soluções ou a minimização dos impactos dos acontecimentos na disputa.
Rosa Weber, em coletiva no último domingo, 21, afirmou que o pleito vem ocorrendo “dentro da normalidade” mesmo com casos de violências por motivação política e as recentes denúncias de que empresas possam ter pago para a divulgação de notícias falsas.
Rosa Weber disse que o TSE dará “respostas fundamentadas no âmbito das ações judiciais que são propostas, e as ações judiciais exigem o devido processo legal como previsto na Constituição”. Sobre as fakes news, a ministra afirmou que simplesmente não há uma resposta pronta e eficaz para o problema, que é de alcance mundial.
O juiz Ricardo Alexandre Costa, presidente da Associação Cearense de Magistrados, acredita que a falta de respostas pode ser justificada por um limite da legislação. “Se a resposta está sendo um pouco mais lenta do que nós gostaríamos, nós precisaríamos modificar o regramento legal que é o que prende a Justiça”, defende.
O procurador regional eleitoral, Anastácio Tahim, ressalta que todos os casos estão sendo tratados da maneira mais eficaz. “Todas as autoridades envolvidas reconhecem a importância e a gravidade desses episódios”. Para ele, não há lentidão nas respostas da Justiça. “(Mas) Para que você tenha realmente uma resposta responsável não pode ser na velocidade que a fake news é produzida”, afirma.