O Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE) empossou novos dirigentes, para o biênio 2020-2021, em sessão realizada na tarde de ontem, na sede do órgão. A presidência ficará a cargo do ex-deputado estadual Valdomiro Távora, eleito pela 4ª vez ao cargo, e contará com Edilberto Pontes como vice-presidente. Além deles, a ex-senadora Patrícia Saboya assume como corregedora e Ernesto Saboia como ouvidor.
Távora destacou o que considera uma honra e um desafio presidir a instituição novamente, muito por conta do órgão ter assumido as funções do extinto Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Em 2020, será a primeira vez em que o TCE-CE atuará, em ano eleitoral, na esfera municipal. A eleição para definir os novos dirigentes, ocorrida em dezembro do ano passado, foi bastante acirrada. Dentre os sete votos possíveis, Valdomiro obteve quatro, enquanto o então vice-presidente Rholden Queiroz, conquistou os outros três.
Sobre a pequena margem na eleição, Távora afirmou que não vê dificuldades em gerir o órgão, pois avalia que todos são maduros o suficiente para trabalhar pelo bem do Tribunal e da sociedade. Segundo ele, uma das metas para este ano é capacitar os gestores para evitar que a corte de contas seja apenas um órgão punitivo. "O intuito do Tribunal é evitar que o dano ocorra. Como? Capacitando, orientando e fiscalizando esses municípios e seus gestores".
Para o vice-presidente Edilberto Pontes a experiência, a liderança e o equilíbrio do atual presidente serão fundamentais em um ano eleitoral onde o TCE assume novas funções. Pontes afirma ter convicção de que o Tribunal não ficará dividido e diz estar preparado para manter o nível do trabalho feito nos últimos anos. A respeito da eleição, Pontes destacou que mais importante do que as pessoas, é a instituição; "Se o conselheiro Rholden tivesse sido eleito, também seria muito bom. Ele é uma pessoa preparada, Tenho certeza de que será presidente em uma outra ocasião", afirma.
Rholden Queiroz, ex-vice-presidente do tribunal, disse ter visto com surpresa o desenrolar dos acontecimentos, visto que nos últimos anos o vice assumia o comando do TCE na eleição seguinte. Queiroz afirmou que discorda de como as coisas transcorreram, mas que apoiará o órgão no que for preciso em termos de combate à corrupção. "Torço para que a próxima gestão faça seu mandato de forma altiva e sem interferências. Temos que atuar de forma diligente, imparcial e alheia a interferências políticas", conclui.