O Tribunal de Contas do Estado (TCE) premiou nesta quinta-feira, 30, as três equipes finalistas do Hackathon. Por meio da leitura de dados abertos dos diversos Municípios e do Governo do Estado do Ceará, as turmas apresentaram soluções tecnológicas com finalidade desenvolver uma solução para encontrar indícios de fraudes e publicar informação, permitindo a checagem pelos cidadãos.
Com o tema "Combatendo a corrupção com inteligência colaborativa", representantes dos oito grupos participantes apresentaram as soluções desenvolvidas à banca julgadora, composta por profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) e do Controle Externo. Os jurados acompanharam o progresso dos trabalhos elaborados. Os três finalistas entregaram softwares funcionais e que tiveram um resultado efetivo das análises de dados.
O primeiro lugar foi da equipe Baião de Dados, cujo trabalho foi desenvolver o software "macashare.org", capaz de centralizar dados dos portais de transparência municipais. Segundo Paulo Costa, integrante da equipe, a plataforma unifica todos os portais das prefeituras, trazendo para o cidadão informações sobre a vida pública. "O legado que a gente quer deixar é que as pessoas vejam os índices das suas cidades e compartilhem. Queremos que o cidadão acompanhe os gastos e o que tá sendo feito no seu município, avaliando cada prefeitura com o índice de transparência e vendo se ela está boa ou não" afirma.
Em ordem de classificação, os outros ganhadores foram as equipes "Graúna" (que desenvolveu o AuditaCE, um sistema de fiscalização de contratos municipais) e "Digimon" (que propôs uma solução para busca de indícios de fraudes e irregularidades em licitações municipais).
Presidente do TCE, Valdomiro Távora destaca a importância da TI para as instituições, considerando os produtos do Hackathon como base de futuro aprimoramento dos sistemas de informação. "Hoje se você não tiver um digital e uma TI fortes nos tribunais, você não trabalha, pois a agilidade em torno no cruzamento de dados pela TI é de grande importância. O TCU agora vai se debruçar e aperfeiçoar essas ferramentas, aprimorando-as e as trazendo para cá", aponta.
Todos os trabalhos, segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TCE, Alexsandre Silva, serão assimilados e logo terão aplicação imediata. "O TCE não vai ter custos e ainda dará uma dinamicidade no trabalho tanto dos técnicos quando no acompanhamento dos gastos públicos da sociedade", reforça.