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"Ou Camilo prevaricou ou está mentindo a mando do Ciro", diz Wagner
Politica

"Ou Camilo prevaricou ou está mentindo a mando do Ciro", diz Wagner

Capitão Wagner (Pros) rebateu críticas do governador Camilo Santana, que o acusa de ter liderado motim da PM. Para o candidato, o petista age "a mando de Ciro Gomes"
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WAGNER promoveu carreata que foi do Jardim América ao Vila União (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação WAGNER promoveu carreata que foi do Jardim América ao Vila União

Candidato do Pros à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner respondeu na noite de ontem às acusações feitas pelo governador Camilo Santana (PT) de que liderou motim da Polícia Militar em janeiro passado.

Citando decisão judicial que determinou suspensão de propaganda de José Sarto (PDT) reproduzindo as falas do petista, Wagner rebateu: "O juiz disse que, se eu tivesse de fato liderado motim, o governador teria que ter me denunciado na época".

Em seguida, acrescentou: "Ou ele prevaricou ou está mentindo agora a mando do Ciro Gomes, e todo mundo sabe disso".

As declarações foram dadas ao O POVO antes de Wagner participar de carreata no bairro Jardim América. Pouco antes, sobre um carro de som, o candidato havia reforçado o argumento.

Dirigindo-se aos apoiadores, exortou: "Governador, pare de mentir. Como é que o senhor diz que o capitão liderou o motim e o senhor não denunciou ou abriu um processo contra ele? Pare de mentir, ninguém aguenta mais tantas mentiras".

Depois, falou que o "medo deles", referindo-se ao grupo de Sarto, é, se tiver um segundo turno, "nem estarem presentes".

"Bateram na gente e não surtiu efeito", continuou, "e estão batendo agora na segunda colocada. Estão batendo na segunda colocada, que é aliada política deles. Os dois partidos que estão em segundo e terceiro lugar são aliados políticos há mais de 20 anos".

O candidato também comentou sobre direito de resposta obtido na Justiça contra propaganda de Sarto. "Esse direito de resposta é mais uma das mais de 50 ações que a gente venceu contra os adversários, mostrando que a gente está trabalhando com a verdade, que a gente está trabalhando com as respostas, e esse é o caminho", avaliou.

Segundo ele, "até o dia 15 de novembro, vamos focar nas ideias". E voltou a falar em vitória ainda no primeiro turno. Na última rodada da pesquisa O POVO/Datafolha, Wagner apareceu com 33% de intenções de voto, seguido de Luizianne Lins (PT), com 24%, e Sarto, com 15%.

Uma das estratégias governistas para desgastar Wagner tem sido associá-lo à paralisação da PM. Nessa segunda-feira, 26, após agenda ao lado do prefeito Roberto Cláudio (PDT), Camilo voltou a subir o tom contra o postulante, sobre quem falou que "representa o pior na política, representa o ódio, a mentira".

Uma semana antes, o chefe do Abolição já tinha atribuído ao candidato papel de liderança no motim de policiais. As falas do petista foram replicadas por aliados de Sarto nas redes sociais.

Embora tenha dito inicialmente que não retrucaria, Wagner acabou respondendo sempre que fustigado por Camilo. Em suas réplicas, recorre aos índices de homicídios no Ceará, cobrando responsabilidade do Governo. Ou ligando a postura de Camilo a Ciro Gomes, como fez ontem.

Na quarta-feira, 21, por exemplo, chegou a ironizar. "A postura do governador é atípica", falou, "a gente sabe que essa não é a postura normal. Acredito até que o Ciro deve ter tomado a senha das redes sociais do governador".

Um dia depois, usou a propaganda eleitoral para se defender de ataques. Na peça, o deputado veiculou vídeo de fevereiro no qual diz a policiais: "Eu não vim aqui pra inflamar a greve, vim aqui para solucionar o problema".

 

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