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Assembleia vive clima eleitoral em última sessão antes do pleito
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Assembleia vive clima eleitoral em última sessão antes do pleito

A duas semanas de o eleitor ir às urnas, Legislativo Estadual entra em "recesso branco" e retorna às atividades do Parlamento após 15 de novembro, dia do 1º Turno
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NOÉLIO usou a tribuna para criticar adversários de Wagner (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita NOÉLIO usou a tribuna para criticar adversários de Wagner

A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) realizou ontem a última sessão antes da data do primeiro turno da eleição, o dia 15 de novembro. A possibilidade que já havia sido cogitada pelo presidente da Casa, José Sarto (PDT), de que os trabalhos fossem interrompidos duas semanas antes do pleito, foi confirmada ontem por Evandro Leitão (PDT), o 1º secretário do Legislativo.

Exceto se houver alguma matéria a ser apreciada em caráter emergencial, disse o parlamentar, as sessões presenciais das quintas-feiras serão retomadas somente após o primeiro turno da disputa.

"Historicamente existe essa questão (de suspender as sessões). Nesse período, realmente os parlamentares têm que dar maior atenção às suas bases, viajam muito", explicou.

Ontem, o plenário registrou um quórum de no máximo 17 deputados. Porém, o acirramento eleitoral de Fortaleza e de outros municípios do Interior esteve presente no discurso dos que foram à sessão.

Aliado de Capitão Wagner (Pros), candidato a prefeito de Fortaleza, Soldado Noelio (Pros) foi à tribuna criticar, primeiramente, a suposta trégua entre Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT), que teria sido mediada pelo governador Camilo Santana (PT), conforme noticiado pela publicação carioca O Globo.

Noelio definiu o encontro como um "acordão" e uma mostra de incoerência "que enoja" as pessoas. "O povo quer uma mudança de postura que vise melhorar a vida das pessoas", afirmou, sem perder a oportunidade de exaltar Wagner como o temor dos governistas. O bolsonarista Delegado Cavalcante acompanhou aos risos as provocações lançadas pelo colega.

Questionado sobre a propaganda de Wagner que destaca Sarto como membro do clã Ferreira Gomes, além de ligar o adversário à operação Lava Jato no Ceará, Noelio disse que a peça é informativa, na medida em que a campanha do pedetista "esconde" os irmãos.

Ontem, a 118ª Zona Eleitoral de Fortaleza determinou a retirada da inserção do militar da reserva contra o adversário porque a doação foi indireta, ou seja, não partiu da JBS para as mãos de Sarto. Não há qualquer investigação contra o pedetista no âmbito da operação, destacou em liminar a juíza Mirian Porto Mota.

Outro a repercutir temas eleitorais na tribuna foi o deputado estadual Audic Mota (PSB), que em Tauá apoia a candidatura ao Executivo de Dr. Edyr (PP), irmão dele. O parlamentar denunciou o atual gestor do município e candidato à reeleição, Fred Rêgo (DEM), por perfurar poços profundos em troca de votos.

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Rêgo negou as acusações do adversário. "Eu não tenho nada com isso. Pura mentira", escreveu ao O POVO via WhatsApp.

Por volta de 12 horas, a sessão de ontem foi encerrada em razão da baixa presença de deputados no plenário.

 

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