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Wagner lança ofensiva contra Sarto a quatro dias das eleições
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Wagner lança ofensiva contra Sarto a quatro dias das eleições

| Eleições | Candidato do Pros realizou transmissão ao vivo em que critica o pedetista. Sem atos de rua, disputas na reta final se transferem para as redes sociais
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WAGNER usou as redes sociais para criticar Sarto (Foto: Aurelio Alves/ O POVO)
Foto: Aurelio Alves/ O POVO WAGNER usou as redes sociais para criticar Sarto

A quatro dias das eleições, o candidato à Prefeitura de Fortaleza Capitão Wagner (Pros) lançou ofensiva contra o adversário direto na briga pelo Paço, José Sarto (PDT). Com veto de atividades de rua pela Justiça Eleitoral, os movimentos de ataque e contra-ataque dos concorrentes passaram às redes sociais.

A nova etapa da disputa expôs confronto direto entre os dois postulantes, que tentam assegurar vaga no segundo turno das eleições.

Até aqui líder nas pesquisas de intenção de voto, Wagner realizou ontem transmissão ao vivo em que apresentou denúncia contra Sarto envolvendo um caso de 23 anos atrás, com um suposto pedido de propina em contratos de publicidade da Câmara Municipal com a TV Manchete.

Na live, que apresentaria no começo da noite após passar o dia divulgando-a em suas redes sociais, Wagner declarou que o pedetista "pediu para ser conhecido" e que "nós estamos aqui apresentando uma denúncia gravíssima de um fato gravíssimo que envolve a Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa".

Em seguida, leu uma série de trechos de matérias jornalísticas, todas de 1997, que relatam, conforme Wagner, "denúncias de que o deputado estadual José Sarto teria pedido propina em nome do presidente da Câmara Acilon Gonçalves referente a contratos de publicidade".

Naquele ano, Sarto, filiado do PMDB do então prefeito Juraci Magalhães, cumpria o primeiro mandato como deputado estadual depois de exercer a vereança na capital cearense.

"Estou acusando? Não. Quem acusou na época foi o diretor da TV Manchete, aqui não há acusação da minha parte", acrescentou Capitão Wagner. "O deputado João Alfredo (em 1997, relator de comissão especial instaurada na AL-CE para apurar o caso) fez um relatório ao final dizendo que de fato houve quebra de decoro, houve crime e que deve ser aplicada uma punição."

Na transmissão dessa terça-feira, 10, o concorrente do Pros falou ainda que, a partir de agora, "as pessoas vão conhecer o outro Sarto que não aquele da TV, não aquele que fala manso, não aquele que é gente boa. Esse é o Sarto que vocês não conheciam ainda".

Em nota enviada à reportagem, José Sarto se defende das acusações de Wagner. Sem citar o caso da TV Manchete, atribui os ataques do candidato ao crescimento nas pesquisas.

"Com nosso crescimento nas pesquisas, os adversários estão num vale-tudo pelo voto, às vésperas do dia da eleição, distorcendo a verdade para tentar enganar a população e desviar o foco do debate eleitoral", afirmou o pedetista.

Sarto finalizou: "Sou um candidato ficha limpa, e isso pode ser facilmente comprovado em consulta aos canais de transparência dos órgãos de controle e da Justiça Eleitoral. Não há nada contra mim. A verdade é sempre o melhor caminho".

 

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