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Tasso entra na disputa contra Doria para ser candidato à Presidência
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Tasso entra na disputa contra Doria para ser candidato à Presidência

| Eleições 2022 | Senador cearense oficializou participação em prévias
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SENADOR cearense se colocou como opção aos tucanos, assim como João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Foto: Pedro França/Agência Senado SENADOR cearense se colocou como opção aos tucanos, assim como João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio

O senador Tasso Jereissati oficializou ontem inscrição nas prévias que vão escolher o candidato do PSDB à Presidência em 2022. No processo, o cearense enfrenta os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

Dos quatro nomes, contudo, dois estão mais empenhados numa campanha pública e nacional: Doria e Leite. Embora tenha confirmado presença na dinâmica partidária, como O POVO havia antecipado, Tasso tem se movimentado mais para fortalecer uma composição com chances de agregar apoios do que em favor do próprio nome.

Para o ex-governador do Ceará, as prévias devem consagrar uma candidatura que tenha mais capacidade para reunir em torno de si um leque de partidos no ano que vem, furando a polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido).

Procurado, o tucano não comentou seus planos para a campanha a partir de agora. O senador, que estava em Fortaleza ontem, viaja para Brasília nesta terça-feira, 21. Concorrente direto, Doria esteve na Capital federal nessa segunda para formalizar presencialmente sua participação.

Em coletiva durante o evento tucano, o paulista afirmou que, "ao término das prévias, teremos um candidato vencedor", e "esse candidato vencedor será naturalmente um candidato da terceira via, da melhor via, porque estará legitimado pelas prévias".

Dentro do partido, Doria luta para atenuar resistências a sua postulação. Em sua fala, por exemplo, atacou menos Bolsonaro do que o PT, sinalizando uma mudança de tom no discurso a fim de conquistar os votos dos setores do partido que orbitam o bolsonarismo.

"Os governos de Lula e Dilma representaram a captura do Estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia na história do país", criticou o governador, para quem "fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público".

Apesar de o PSDB haver se declarado de oposição ao chefe do Executivo depois dos atos do 7 de setembro, segmentos da legenda, principalmente aqueles filiados com mandato (deputados e senadores), se mantêm mais próximos do presidente, de quem dependem para irrigar suas bases em ano pré-eleitoral.

Às dificuldades internas, Doria soma ainda alta rejeição, segundo pesquisa Datafolha mais recente - 37%. A de Eduardo Leite, por exemplo, é de 18%. Ambos figuram com 4% de intenções de votos em um dos cenários testados pelo instituto na semana passada.

Mesmo com disputa acirrada com correligionários, o governador de São Paulo minimizou possíveis traumas. "Será uma disputa sem fraturas. Foi assim em 2016, em 2018, e será assim em 2022", prometeu.

No modelo adotado pela direção do PSDB para a eleição de seu representante ao Planalto, o voto do político com mandato tem mais peso do que o do filiado sem mandato.

O calendário da sigla prevê eleições nos dias 21 e 28 de novembro. Ao menos cinco debates estão marcados para outubro entre os postulantes.

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