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Protestos contra Bolsonaro unem sindicatos e partidos de esquerda em Fortaleza
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Protestos contra Bolsonaro unem sindicatos e partidos de esquerda em Fortaleza

Manifestação saiu da Praça Clóvis Beviláqua, percorreu diversas ruas do Centro e terminou na Praça do Ferreira
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MANIFESTANTES criticaram ainda as más gestões da economia e do combate à pandemia
 (Foto: Yago Albuquerque / Especial para O POVO)
Foto: Yago Albuquerque / Especial para O POVO MANIFESTANTES criticaram ainda as más gestões da economia e do combate à pandemia

Diversos movimentos sociais, sindicatos, partidos e políticos de esquerda organizaram na manhã deste sábado, 2, novo protesto pelo impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido) em Fortaleza. Saindo da Praça Clóvis Beviláqua – conhecida como Praça da Bandeira –, a manifestação percorreu diversas vias do Centro da Capital e terminou na Praça do Ferreira.

Além do impedimento do presidente, manifestantes também pautaram a rejeição da proposta de Reforma Administrativa no Congresso e a responsabilização do governo pela “má condução da pandemia de Covid-19 no País”, além de reforçarem críticas contra recentes aumentos nos preços de alimentos, da gasolina e do gás de cozinha.

Coordenado por vários movimentos sociais, como as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato teve adesão de políticos de siglas de esquerda e centro-esquerda, com vereadores e deputados estaduais e federais do PT, Psol, PV, PCdoB e PDT. Chamou também atenção a forte participação de pedetistas ligados a Ciro Gomes (PDT) no protesto.

“Foi um chamamento geral de todos os partidos do campo progressista e se opõem ao governo Bolsonaro. Nessa hora, a gente tem que deixar de lado posicionamentos e candidaturas para 2022 e temos que, acima de tudo, potencializar o que nos une, que é a vontade de um Brasil de novo sendo do povo brasileiro, tirando essa pregação de ódio do Bolsonaro”, diz o deputado federal André Figueiredo (PDT).

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Também presente no ato, a deputada federal Luizianne Lins (PT) destacou que o atual contexto da pandemia no País, com avanço da vacinação nos Estados, também deve impulsionar novos protestos contra o Governo Federal. “O objetivo agora é pressionar o Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) a pautar algum dos centenas de pedidos de impeachment”.

“Eu costumo dizer que o tempo da política não necessariamente é o tempo da eleição. A política está presente todo dia, principalmente em tempos críticos, como é o caso de agora, nesse governo que está destruindo o Brasil. Que ameaça privatizar, acabou com direitos trabalhistas, que só prega o ódio, a necropolítica. A reação começa a vir mais forte agora, que temos segurança com a vacinação”, destacou Luizianne.

O protesto começou neste sábado às 8 horas, na Praça Clóvis Beviláqua e encerrou por volta de meio dia, na Praça do Ferreira. Conforme explica o vereador Ronivaldo Maia (PT), houve uma mobilização de partidos e movimentos no sentido concentrar atos em Fortaleza. “Antes, nós fazíamos centenas de atos, agora priorizamos alguns centros, uma vez que já existe mais segurança para a questão da pandemia”, destaca.

“Esse movimento é forte, é suprapartidário, as pessoas de bom senso tem a obrigação de protestar para evitar mais mal a essa nação (...) o momento é urgente, é necessário. Bolsonaro faz muito mal ao país e pode aumentar com a reforma administrativa”, diz o deputado Idilvan Alencar (PDT), outro presente nos atos.

"Temos aqui companheiros de vários partidos, PT, Psol, PDT, PSB, para fortalecer a luta contra Bolsonaro", destacou a vereadora Larissa Gaspar (PT).

Para Ailton Lopes, do Psol, a crítica ao Governo Federal “deixa de ser uma questão partidária e precisamos de mais gente participando dos atos (...) para nós o Fora Bolsonaro não é só uma questão de oposição ao governo, é uma questão de defesa da vida”.

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