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O que mudou na avaliação de imóveis?
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O que mudou na avaliação de imóveis?

Critérios continuam os mesmos, mas devido ao impacto da pandemia no mercado, cresce busca por avaliações de imóveis. Entenda por quê
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De um lado, juros mais baixos (2,25%), do outro, retração da economia. O cenário de pandemia impacta o mercado imobiliário e deve fazer crescer a busca por serviços de avaliação de imóveis. Isso ocorre em função de dois fatores, de acordo com o Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci): necessidade de garantias reais para empréstimos e aumento das ações de execuções por inadimplência.

Imóveis são boas garantias, tanto para empresas quanto para pessoas físicas. "O avaliador segue regras que não dependem da pandemia, mas, em todas as épocas ou períodos em que há um declínio na macroeconomia de um país, é natural que pessoas físicas e jurídicas busquem liquidez para cumprir com seus compromissos, logo se desfazem de imóveis ou os dão como garantia", reforça o diretor de Avaliações e Perícias do Creci-CE, Fernando de Queiroz.

Daí surge a necessidade de contratar um corretor ou engenheiro. Eles são os profissionais que têm atribuição para fazer a avaliação de imóveis, conforme a lei. "Os engenheiros até consultam o corretor, por ser detentor de muitas informações do mercado. A avaliação é sempre feita por comparativo direto de dados do mercado e amostras de no mínimo cinco imóveis semelhantes comercializados no bairro", explica o conselheiro federal e vice-presidente de Avaliações Imobiliárias do Cofeci, Luiz Fernando Barcellos.

No caso da venda, o proprietário pode até querer anunciar o imóvel por um valor "X", mas a avaliação é uma garantia. "Quando o proprietário vai colocá-lo à venda, muitas vezes, tem uma ideia errada do valor, coloca acima. Não vai ter nem proposta, e o imóvel vai ficar muito tempo para ser vendido. É sempre interessante ter avaliação para balizar", acrescenta Luiz Fernando. É o que a agente de saúde Cláudia Freire pretende fazer para vender mais rápido a casa no bairro Henrique Jorge. O imóvel, que era alugado, foi desocupado recentemente.

Segundo o diretor do Creci-CE, o preço de uma avaliação de imóvel na Capital cearense pode variar de R$ 2.500 a R$ 55.000. "Pode até ir mais além, considerando avaliação de alto nível técnico", diz ele. Além disso, no caso de Fortaleza, deve-se considerar algumas circunstâncias em que o corretor atua, como fins comerciais ou judiciais.

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CASA X CORRETOR

Se antes a proximidade do perímetro urbano e o acesso ao transporte eram determinantes na compra, hoje a busca é por conforto dentro de casa e menos risco de contágio pela infecção de coronavírus. "A pandemia demonstrou para as pessoas que há necessidade de mais espaço na cozinha e espaço apropriado para o home office", ressalta o vice-presidente de Avaliações Imobiliárias do Cofeci, Luiz Fernando Barcellos.

Essa importância maior para a casa, junto com as facilidades de financiamento, fez a MRV bater recorde de credenciamento de corretores nos últimos 60 dias. Foram 800 novos corretores capacitados de forma virtual, um aumento de 23% no número de profissionais. "A MRV antecipou a expansão da atuação da sua plataforma de vendas digital. Essa ferramenta possibilita que o cliente realize toda a jornada de compra de um apartamento remotamente, podendo escolher o condomínio e a unidade que deseja, enviar a documentação, realizar a simulação e a aprovação de crédito, negociar a proposta de compra e assinar o contrato digitalmente", conta o gestor comercial da MRV no Ceará, André Lorenzoni.

ATENÇÃO

Uma avaliação manipulada com interesses pessoais pode condenar pena de reclusão ou reparação de danos, aponta o diretor de Avaliações e Perícias do Creci-CE, Fernando de Queiroz.

ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O PREÇO

> Conhecimento, capacitação e ética do profissional;

> Grau de complexidade da avaliação;

> Tipo de imóvel, se é urbano ou rural;

> Metodologia utilizada;

> Parcerias entre corretores;

> Despesas de locomoção e de documentação

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