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Habilidades comportamentais
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Habilidades comportamentais

As organizações precisam entender quais são os novos atributos esperados das pessoas no contexto de transformação
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. (Foto: Freepik)
Foto: Freepik .

Não é novidade que uma das grandes prioridades do mundo corporativo é entender o que o tema "Transformação Digital" significa sob as mais diversas perspectivas práticas de negócios e como as organizações devem se preparar para se manterem competitivas em um mundo cada vez mais efêmero e rápido.

A realidade é que na área de gestão de pessoas não é diferente, porém demanda um foco extra, pois, com o desafio de entender o que está acontecendo lá fora, somos bombardeados por um fluxo infinito de opiniões bem-intencionadas, mas essencialmente especulativas, experimentais e com um potencial enorme para gerar mais ansiedade e desperdícios de recursos do que movimentos intencionais.

Não quero complicar ainda mais a conversa. No entanto, tem um ponto aqui que talvez ajude a jogar um pouco mais de luz no caminho e que deveríamos olhar com mais atenção: as organizações precisam entender quais são os novos atributos esperados das pessoas nesse contexto de transformação e como criar espaço e condições para facilitar a aquisição desses atributos no dia a dia.

Em janeiro deste ano, o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) publicou o artigo "Davos 2020: here's what you need to know about the future of work", no qual elenca algumas das habilidades esperadas nesse contexto de transformação digital. Pasmem: criatividade, pensamento crítico, persuasão e negociação estão listadas no mesmo nível de importância de competências matemáticas, computacionais e analíticas.

Um contraponto à crença de que o desafio é acelerar o conjunto de hardskills e deixar que o resto venha como consequência. Sem dúvidas, investir em skills mais softs, como o exercício da criatividade, pode parecer improdutivo e caro num conceito tradicional de negócios, mas, em tempos de incerteza e problemas sem respostas prontas, parece-me igualmente vigoroso e concreto.

Oliver Kamakura

Sócio de consultoria em gestão de pessoas da EY

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