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Óleo atinge Praia do Forte, na Bahia, uma das bases do projeto Tamar
Reportagem

Óleo atinge Praia do Forte, na Bahia, uma das bases do projeto Tamar

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MANCHAS de óleo nas praias de Sítio do Conde, no litoral norte da Bahia (Foto: Arisson Marinho/Jornal Correio*)
Foto: Arisson Marinho/Jornal Correio* MANCHAS de óleo nas praias de Sítio do Conde, no litoral norte da Bahia

O óleo que atingiu as praias da Bahia nos últimos dias chegou, ontem, a um dos principais pontos turísticos do Litoral Norte da Bahia: a Praia do Forte, em Mata de São João. Ao todo, já são dez praias afetadas em cinco municípios baianos, segundo o Ibama.

"Por volta de 10h30, encontramos pequenas pelotas de óleo. É pequeno, mas tem", afirmou o engenheiro de pesca do Projeto Tamar, César Coelho. Por prevenção, a soltura dos filhotes de tartaruga na Bahia foi suspensa, ontem, pelo Projeto Tamar.

Antes, o projeto tinha decidido suspender a soltura dos filhotes em Sergipe, que concentra a maioria dos ninhos. O período de desova vai de setembro ao início do próximo ano. Em geral, os filhotes nascem até abril, porque os ovos levam de 45 a 60 dias para eclodirem. Na Bahia, em todo o ano passado, foram registrados oito mil ninhos.

A coordenadora de licenciamento e fiscalização ambiental da prefeitura de Mata de São João, Yuka Fujiki, informou que as manchas foram encontradas em dois pontos após a subida da maré.

Segundo ela, na Praia do Forte, a maioria das manchas foi encontrada após a região onde fica o Tamar, já nas proximidades da Praia do Lorde.

Devido à situação em toda a região Nordeste, a prefeitura acionou o Ibama e o Inema. "A orientação é aguardar a chegada deles. Ainda são pontos bem diminutos, mas infelizmente existe essa triste realidade", lamentou.

Nas praias do município de Conde, a colônia de pescadores orientou seus associados a suspender o trabalho na região. "A gente tá dizendo para eles não fazerem nada enquanto o piche tá aí porque ninguém sabe a origem. Se trouxer um veneno, pode fazer mal para o trabalhador", disse o presidente da associação, Givaldo Batista dos Santos. (Marina Hortélio e Thaís Borges, do Correio* 24 horas)

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