Para 2020, Ceará e Fortaleza ainda fecham planejamento, mas uma coisa é certa: o futebol feminino continuará sendo estimulado. O Alvinegro irá disputar o Brasileiro A2, já que foi campeão estadual, e o Fortaleza busca ter desempenho melhor no certame do Estado. Para se fortalecer, a equipe busca patrocínios. Por enquanto, segundo a assessoria do clube, não há nenhum acerto.

A atacante Elizete Araújo, da Leoa, espera também que 2020 traga maior estruturação para a modalidade. "Minha expectativa para 2020, com apoio dos órgãos de futebol, é que melhore. Que a gente tenha a dignidade de treinar em um campo grande, direcionado para o futebol feminino. Algo muito maior, que a gente precisa. Minha expectativa é que isso mude e venha desde a base", contou a atleta.

Quem também se planeja para 2020 é o Caucaia. Nesse final de ano, o time abriu inscrições para uma nova formação na modalidade feminina, tendo recebido 61 matrículas. Segundo a supervisora de esportes da Raposa Metropolitana, Amanda Lima, o projeto será iniciado em janeiro. "Iremos fazer um trabalho diferente, com meninas que sempre sonharam em participar do futebol feminino. A gente vai estar treinando e avaliando, no decorrer do tempo, para fazer um trabalho e formar um time", contou ela.

Potência local da modalidade, o Caucaia já participou de seis edições do Campeonato Brasileiro Feminino e foi por muito tempo destaque no Estado. De 2013 a 2016 disputou o A1 e, figurou, no ano passado, no A2, mas, por falta de recursos, a equipe travou as atividades após a competição. Embora não tenha disputado o Estadual neste ano, a Raposa Metropolitana já venceu seis vezes o Cearense e chegou a revelar quatro atletas para a seleção brasileira.

Outro destaque do Estado na modalidade foi a equipe do Verdes Mares. O time disputou o Torneio de Desenvolvimento Feminino sub-20 e, embora tenha ficado em quarto lugar, mostrou força suficiente para "escalar" Tainara de Oliveira na seleção brasileira que vai jogar o Sul-Americano sub-17 de 2020.