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Fortaleza e Eusébio seguem caminho contrário à média estadual e nacional e ampliam número de matrículas nas escolas
Reportagem

Fortaleza e Eusébio seguem caminho contrário à média estadual e nacional e ampliam número de matrículas nas escolas

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Enquanto a média estadual e nacional aponta redução na quantidade de matrículas, Fortaleza e Eusébio registraram aumento na quantidade de alunos iniciando em escolas públicas. A cidade da Região Metropolitana foi a que mais cresceu em inscrições nos últimos cinco anos no Estado ( 17,1%), segundo o Censo Escolar, e a Capital foi a terceira com maior variação em recursos recebidos do Fundeb ( 89,7%), devido ao número de matrículas.

A titular da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Fortaleza, Dalila Saldanha, diz que entre 2007 e 2012 houve redução de registros, mas a partir de 2014 houve novos aumentos. Desde o início da gestão, uma reorganização da política educacional foi realizada, o que fez Fortaleza se tornar a capital com a maior cobertura de matrículas do País. Hoje a Cidade possui 27 escolas em tempo integral, desde a creche até o programa de horário ampliado. A qualidade do ensino também melhorou, apontam indicadores, como o de alfabetização na idade certa, que chega a 92% dos alunos.

"Em 2007 foram mais de 240 mil matrículas, em 2013 caiu para pouco mais de 180 mil e agora, em 2020, ultrapassamos as 231 mil matrículas".

Já a secretária da Educação do Eusébio, Goretti Martins, afirma que além do Fundeb, os municípios contam com recursos próprios para manter a educação, mas sem o fundo não haveria "sobrevivência" para a educação pública nos municípios.

Na cidade, para 2020, são esperados R$ 61,1 milhões em recursos. Destes, 60% são usados no pagamento da folha.

Apesar do esforço dos municípios, a disparidade entre a escola pública e a rede particular de ensino permanece grande. Em tabulação feita pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), a nota dos alunos das particulares de elite do Brasil deixaria o País entre os cinco melhores colocados no ranking mundial de leitura do Pisa. Já o resultado das públicas deixaria 60 posições depois entre 79 países.

O presidente Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), Airton de Almeida Oliveira, diz que quando se separam os resultados, até mesmo as escolas federais, "que têm padrão de excelência", ficam atrás da rede privada.

 

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