A preocupação das empresas em expandir o home-office neste período de crise sanitária tem como principais objetivos garantir a segurança dos funcionários sem comprometer a produção. A alternativa do trabalho em casa, porém, por ser pouco difundida no Brasil, pode prejudicar o aproveitamento do tempo e afetando a produtividade dos setores, avalia o doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de economia brasileira da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Feldmann.

Feldmann ressalta que as medidas preventivas no trabalho são necessárias, já que a empresa é responsável pela saúde de seus funcionários no ambiente laboral. "Se não houver ações, e funcionários contraírem a doença, há a possibilidade de processos de reparação na Justiça serem abertos e isso danificaria a imagem da empresa".

Antes do vírus, os economistas projetavam crescimento de 3% a 3,5% para economia mundial. Agora, já se fala em alta de 1,5%, que pode ser revisada. Analistas mais pessimistas cogitam até PIB mundial negativo. Feldmann diz que com o home-office há queda de produtividade naturalmente.

Para o diretor-presidente da Online Data Cloud - fornecedora de soluções em TI e especialista em hospedagem em nuvem, Adriano Filadoro, o momento é de oportunidade. A empresa acaba de anunciar uma medida que vai contribuir largura de banda na conexão para que seus clientes possam adotar o trabalho home office.

A iniciativa, importante para tentar conter a transmissão do Covid-19, visa manter a capacidade operacional para que funcione sem comprometer o desempenho das empresas, mesmo em outro ambiente. É preciso ter capacidade de transmissão aumentada na casa dos funcionários. "Por isso estamos dobrando completamente sem custos a banda contratada por nossos clientes".