Subiu para nove o número de casos de coronavírus confirmados no Ceará. Ao todo, são oito em Fortaleza e um em Aquiraz. As informações são do boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nesta segunda-feira, 16. Na noite de domingo, 15, os três primeiros casos confirmados no Estado foram divulgados.
No boletim do Ministério da Saúde atualizado ontem, 16, os casos no Ceará ainda não estavam contabilizados. O órgão divulgou 234 pacientes com diagnóstico confirmado no Brasil e 2.064 casos suspeitos.
A pasta anunciou também que o Distrito Federal, assim como já ocorria com São Paulo e Rio de Janeiro, havia registrado casos de transmissão comunitária da doença, quando já não é mais possível identificar quem transmitiu o vírus para quem. Algumas horas depois, no entanto, recuou e disse que não há esse tipo de contágio na capital. Segundo o ministério, "houve uma falha na transmissão dos dados".
No domingo, 15, o governo contabilizava 200 casos confirmados. Há outros 2.064 pacientes monitorados sob suspeita de infecção pela covid-19. Já foram descartadas 1.624 casos. Não há óbito no Brasil.
São Paulo segue com o maior número de infectados, com 152 pacientes, no dia anterior eram 136. Depois, vem o Rio de Janeiro, que registra 31 casos.
O Ministério da Saúde informou na última semana que locais com transmissão comunitária da doença devem reduzir a "busca ativa" por casos de novo coronavírus, ou seja, testar para a doença apenas pacientes graves. O cenário indica que o vírus já está em processo de disseminação no território.
A medida marca a entrada destes locais na fase de "mitigação da doença", quando a prioridade é salvar vidas em vez de segurar a entrada da doença no País, pois o vírus já circula ativamente,
diz o ministério.
"Quando assumo que o vírus está circulando na minha comunidade, já não interessa saber a totalidade dos casos. Por isso mudamos a vigilância de casos individualizados para monitoramento de casos graves", defende o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. Ele ressaltou ainda que o número de testes é limitado. "Hoje, se procurar na iniciativa privada, não há insumos suficientes. Vamos testar todos os casos sintomáticos. Os próprios laboratórios privados estão tomando essa decisão", disse.