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Brasil tem aumento de 25% nos casos de covid-19
Reportagem

Brasil tem aumento de 25% nos casos de covid-19

O País registrou 1.138 novos casos, passando a 5.717 diagnósticos confirmados. Com 42 novas mortes em 24 horas, o total de óbitos chega a 201. No Ceará, são 401 diagnósticos positivos para o Sars-Cov-2 e sete óbitos
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EM FORTALEZA, prefeito Roberto Cláudio anunciou que a higienização de ônibus será feita a cada viagem  (Foto: AURELIO ALVES)
Foto: AURELIO ALVES EM FORTALEZA, prefeito Roberto Cláudio anunciou que a higienização de ônibus será feita a cada viagem

Com mais de mil casos do novo coronavírus confirmados em 24 horas, o Brasil registra aumento de 25% nesse intervalo. Ontem, 31, o Ministério da Saúde (MS) divulgou balanço de 5.717 casos ante aos 4.579 casos contabilizados no dia anterior. Com 42 novas mortes no período, o total de óbitos chega a 201. Este é o maior crescimento no número de casos confirmados e mortes no País pela doença desde o começo da epidemia. No Ceará, são 401 diagnósticos positivos para o Sars-Cov-2 e sete óbitos, segundo boletim epidemiológico mais atual da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).

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Do total de óbitos no Brasil, 181 mortes tiveram a investigação concluída, conforme Wanderson Oliveira, Secretário Nacional de Vigilância em Saúde do MS. Desse número, 28 pacientes não tinham nenhuma comorbidade, o equivalente a 15%. Dos pacientes que não estavam em nenhum grupo de risco, 18% (5) tinham menos de 60 anos.

Das 181 mortes já investigadas, 153 apresentavam pelo menos um fator de risco (ver quadro), o equivalente a 85%. A cardiopatia é um dos principais fatores observados nos casos onde o coronavírus levou os pacientes a óbito. Doença cardíaca era pré-existente em 107 pacientes, o equivalente a 59%. Outros 75 pacientes que foram a óbito tinham diabetes, o que representa 41% do total.

Conforme o detalhamento do perfil dos pacientes, 89% (161) dos óbitos são de pessoas acima de 60 anos. Na faixa etária entre 40 e 59 anos, foram 13 registros. Outros sete óbitos foram de pessoas entre 20 e 39 anos. Do total, 106 (58,6%) são homens e 75 (41,4%) são mulheres. A taxa de letalidade da doença no País segue em 3,5%. A nível global, a taxa é de 4,9%.

Segundo dados do MS, o Ceará segue como o terceiro estado em número de casos confirmados, atrás apenas de São Paulo ( 2.239 casos) e Rio de Janeiro (708). Com mais duas mortes, o Ceará subiu para a terceira colocação no que se refere ao número de mortes. A taxa de letalidade no Estado saiu de 1,3% para 1,7% em um dia, mas continua abaixo do índice no Nordeste, que é de 2,5%.

Dos 401 casos no território cearense, 371 (92%) são em Fortaleza. Aquiraz tem 14 confirmações da doença, Sobral tem cinco e Quixadá, duas. Outros dez municípios registraram um caso, cada: Beberibe, Caucaia, Fortim, Itaitinga, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Maranguape, Mauriti e Santa Quitéria.

Conforme a Sesa, 237 (59,1%) estão na faixa etária de 20 a 49 anos de idade. A maior incidência, no entanto, é na faixa etária de 50 a 69. São 11,8 casos por 100 mil habitantes para os homens e 7,9 casos por 100 mil habitantes entre as mulheres. Os homens foram mais acometidos, representando 53,1% (213) das infecções. Quatro crianças entre um e nove anos estão infectadas. Na faixa etária de 10 a 19 anos, oito testaram positivos. Três bebês com menos de um ano e 35 idosos com mais de 70 anos também estão infectados.

As principais sintomatologias nos casos do Estado foram febre e tosse (76,1%), coriza (38,2%), dor de garganta (37,6%) e cefaléia (21,7%). Com relação a comorbidades, 46 (19,6%) tinham doença cardiovascular (incluindo hipertensão), 24 (10,2%) tinham diabetes, 8 (3,4%) tinham doença pulmonar crônica e 5 (2,4%) eram imunodeficientes.

 

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