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"Crise já começa a interferir no sistema do Ceará", diz técnica da Sesa
Reportagem

"Crise já começa a interferir no sistema do Ceará", diz técnica da Sesa

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Secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a médica Magda Almeida afirma que, apesar de o Estado vir tomando várias medidas para reduzir impacto do novo coronavírus no sistema de saúde estadual, a pandemia já começou a interferir no tratamento de várias doenças no Ceará.

"Tivemos que suspender, por exemplo, cirurgias eletivas, e estamos sem tratamento ambulatorial", explica a secretária. Ela afirma que, por conta da chegada da doença, o governo tem adotado alternativas para o tratamento de doenças mais crônicas, como diabetes e problemas de pressão.

"Nós não tínhamos a questão da telemedicina tão estabelecida, então estamos criando alternativas para isso, para que essas pessoas não fiquem desassistidas, nem por falta de medicamento ou de orientação médica. A ideia é que essas doenças tenham acompanhamento, para que o problema não acabe se descontrolando e se tornando algo mais grave", diz.

Ela reforça ainda grande número de ações do governo para se preparar diante de uma possível lotação de leitos hospitalares do Estado. "A crise acaba assistindo alguns setores onde já há uma insuficiência. Por exemplo, as UTIs já têm uma fila de judicialização, por falta de leitos ou equipamentos, e você agora tem esse aumento na demanda. Aí nosso plano de expansão de UTIs, que era previsto para três anos, vamos ter que fazer em semanas".

Desde o início da crise, o governo Camilo Santana (PT) tem tocado diversas ações para ampliar capacidade de atendimento da rede estadual. Na semana passada, por exemplo, o governador pediu ao Ministério da Saúde a habilitação de leitos de UTI para Itapipoca, Iguatu, Icó, Tauá, Crateús, Tianguá, Aracati, além de 50 novos leitos nos Hospitais Regionais.

Além disso, o governo promete abrir no total 600 leitos novos de UTI, parte deles no Hospital Leonardo da Vinci, reativado recentemente para tratamento exclusivo de pacientes com o novo coronavírus. (Carlos Mazza)

 

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