O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou a equipe econômica de dar informações falsas no projeto de socorro emergencial a Estados e relacionou o impasse em torno da proposta à disputa do presidente Jair Bolsonaro com governadores entre eles João Doria (SP) e Wilson Witzel (RJ).
O projeto em pauta na Câmara foi adiado para segunda-feira, 13, por causa da "informação falsa" dada pela equipe econômica, argumentou Maia.
O projeto permite que governadores façam novos empréstimos em até 8% da Receita Corrente Líquida, além de suspender o pagamento de dívidas e garantir por três meses a arrecadação de ICMS e ISS compensando as perdas.
"Teve um deputado que me disse uma vez que o ministro da Economia era um vendedor de rede. Então é basicamente isso. Ele vende as coisas do que jeito que ele quer, da forma como ele quer, e a imprensa, claro, recebendo a informação do Ministério da Economia, tem que acreditar", disse Maia.
O presidente da Câmara admitiu diminuir o limite de empréstimo aos Estados no projeto de socorro emergencial para os governos regionais, mas aumentando o período de compensação na arrecadação. Outra possibilidade citada por ele é condicionar o financiamento à retomada do crescimento.
Maia reforçou a necessidade de compensar os municípios na arrecadação do ISS, sobre os serviços, para garantir recursos a grandes cidades com capacidade para internar pacientes da covid-19. "Não queremos impor uma posição. O que também não aceitamos é que o governo queira impor com informações falsas a sua posição. Com números verdadeiros, topamos discutir." (Agência Estado)