O economista Alcântara Macedo explica que a testagem em massa é uma medida que auxilia na continuidade das atividades econômicas. "Se depois da reabertura houver necessidade de fechamento, o desgaste será ainda maior do que o observado até agora", avalia.

Outro ponto, acrescenta, é que mais segurança aos operários resulta em maior produtividade. "O ideal seria que todas as empresas fizessem para que esse retorno ocorra com mais capacidade. Essa iniciativa do Serviço Social da Indústria (Sesi) e Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) facilita para as de pequeno porte e que não tenham condições", aponta.

Alcântara frisa que setores privados e públicos estão numa profunda crise. Neste contexto, o retorno ainda não garante a sobrevivência das empresas, que precisarão de capital para se manterem. A cearense Biomátika foi uma das primeiras empresas realizar a amostragem via o programa do Sesi.

O presidente da empresa, José Dias, lembra que a indústria fabrica álcool em gel e demais produtos para o setor da Saúde. Sendo considerado serviço essencial, já está adequado aos protocolos exigidos pelos governos estadual e municipal.

"A possibilidade de fazer essa testagem em massa veio para somar aos outros cuidados e reforçar a biossegurança", diz. Um total de 50 funcionários foram testados na própria empresa. "Isso nos ajudará a ter sempre o monitoramento para continuar tomando todas as medidas necessárias para a saúde dos trabalhadores e clientes", diz.