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Aumento nos indicadores alertou para mudança, diz Flávio Ataliba
Reportagem

Aumento nos indicadores alertou para mudança, diz Flávio Ataliba

| Reabertura | Segundo Flávio Ataliba, desistência da abertura noturna de bares, restaurantes e barracas de praia deve-se a "pequeno repique" nos indicadores na Capital
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AGLOMERAÇÃO na avenida Beira Mar registrada na tarde de ontem: desobediência aos protocolos (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA AGLOMERAÇÃO na avenida Beira Mar registrada na tarde de ontem: desobediência aos protocolos

Durante live de tira-dúvidas sobre o Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais no Ceará,ontem, 5, o secretário executivo da Secretaria de Planejamento do Estado, Flávio Ataliba, afirmou que "variações de aumento" nos indicadores da Covid-19 nos últimos dias aponta para a necessidade de desaceleração do ritmo de reabertura das atividades econômicas.

Em transmissão ao vivo no Facebook, o coordenador do plano de retomada no Estado ponderou que "às vésperas da Fase 3 se observou um pequeno repique nos indicadores da saúde", o que justificou o recuo na abertura noturna de bares e restaurantes à noite, assim como das barracas de praia."Apesar da trajetória dos últimos 14 dias seja decrescente, se olhou que nos últimos dias houve um pequeno aumento e isso acaba sendo um alerta que precisamos ir um pouco mais devagar nessa liberação" afirmou. A abertura noturna dos estabelecimentos estava projetada, inicialmente, para a fase 3 do plano de retomada em Fortaleza. Segundo o secretário, ainda há necessidade de mais tempo para avaliar se um padrão de possível crescimento permanecerá a longo prazo ou não. A decisão foi criticada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel), que divulgou nota afirmando que o setor foi surpreendido com a "decisão monocrática" do Governo.

A partir hoje, Fortaleza entra na terceira fase do plano de retomada das atividades econômicas no Ceará. Atividades individuais em espaços públicos, como praias e calçadões, passam a ser liberadas, assim como as celebrações religiosas passam a contar com 50% do trabalho presencial e 50% da capacidade de público. Ao contrário do que estava previsto inicialmente, restaurantes e bares seguem fechados no período da noite e barracas de praia permanecem sem autorização para funcionamento.

Flávio também aproveitou para criticar a desobediência observada na capital aos protocolos de saúde estabelecidos pelos decretos do Governo. "As pessoas parecem que têm a sensação que a doença passou, mas ela não passou. O vírus continua circulando entre nós. Porque se reduziu? Porque tivemos grandes períodos de isolamento social e ao fazer isso a transmissão entre as pessoa é bem menor" avaliou Flávio.

Neste domingo, mesmo com as restrições ainda previstas com o novo Decreto de isolamento social anunciado no sábado, 4, a Praia do Futuro apresentou movimentação de banhistas durante a manhã. O coordenador projeta que comportamentos semelhantes podem levar Fortaleza enfrentar ondas mais letais da doença.

"É comprovado, e as experiências mostram em outros países, que em pandemias anteriores uma segunda ou terceira onda que existe numa pandemia ela é muito mais letal porque as pessoa estão mais desprotegidas e relaxadas àquela situação anterior de pânico, e não é o que queremos que aconteça no Ceará", disse Flávio.

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