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Especialista aponta desafios para adversário do pedetista
Reportagem

Especialista aponta desafios para adversário do pedetista

Análise. Estratégia
Edição Impressa
Tipo Notícia

A manutenção de aprovação das gestões municipais e estaduais, revelada pela pesquisa O POVO/Datafolha, coloca em evidência um cenário de vantagem da candidatura de José Sarto (PDT) à Prefeitura de Fortaleza. Bem avaliados pelo eleitorado de Fortaleza, Camilo Santana (PT) e Roberto Cláudio (PDT), ambos apoiadores da candidatura pedetista, acabam sendo alvos delicados para um adversário lidar.

É o que avalia Emanuel Freitas, professor de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Para o especialista, a posição nas pesquisas deixa o chefe do Executivo estadual mais confortável para atuar de forma mais direta e combativa ao adversário de Sarto. "O Camilo se sente à vontade para polarizar com o Wagner, isso sabendo que tem aprovação alta. É como se o governador tivesse tomado pé de que poderia participar do jogo eleitoral mas efetivamente. No final das contas, ele é maior cabo eleitoral segunda as pesquisas" diz.

Já por parte de Wagner, a tratativa é mais delicada, afirma Emanuel. Ele pondera que o candidato do Pros evita ataques diretos tanto ao governador quanto a RC, também com avaliação em alta na capital. "A resposta do Wagner sobre a acusação dos motins não foi dada ao governador, foi dada aos Ferreira Gomes. Lembro que ele disse apostar que Ciro pegou a senha do facebook do governador. Dada a alta aprovação do líder que é Camilo, ele (Wagner) precisa responder, mas de tal modo que a não se mostrar ao eleitor como antagonista desse", afirma.

"Ele (Wagner) afirma que os problema são desvios, não é condução da prefeitura em si. Issos se deve porque o Roberto tem a gestão aprovada. O Wagner tem que fazer muito mais contorcionismo que Sarto. É com se o pêndulo estivesse mais com Sarto", destaca o professor. Ele aponta que o mesmo cuidado também é dado com a relação entre Wagner e Jair Bolsonaro, principalmente após análise de aprovação em baixa do presidente em Fortaleza.

"Onde Bolsonaro merece estar, ele está. Onde ele não merece ele não está. No primeiro turno, ele (Bolsonaro) fez vídeos e Wagner não usou no horário eleitoral. Agora, no segundo turno, ele (Wagner) grava programa dizendo onde Bolsonaro errou e acertou, isso porque Bolsonaro tem aprovação ruim em fortaleza", explica Emanuel. (Filipe Pereira)

 

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