Emocionado, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, voou para Washington nesta terça-feira, 19, enquanto Donald Trump - que vai ignorar o evento - pela primeira vez desejou sucesso ao novo governo.

Lágrimas rolaram pelo rosto do democrata em uma cerimônia de despedida em sua cidade natal, Wilmington, Delaware, onde homenageou seu falecido filho e político em ascensão Beau, antes de pegar um avião para a capital.

"Desculpe a emoção, mas quando eu morrer, Delaware estará escrito em meu coração", disse Biden. "Só lamento que ele não esteja aqui".

Trump, que não aparecia em público há uma semana, quebrou seus dias de silêncio com um discurso de despedida em vídeo. Pela primeira vez, ele pediu aos americanos que "rezem" pelo sucesso do governo de Biden - uma mudança de tom após semanas tentando persuadir seguidores de que o democrata trapaceou na eleição.

O republicano, porém, ainda não parabenizou Biden pessoalmente nem o convidou para o tradicional chá no Salão Oval.

Espera-se que o Senado julgue Trump em breve, após seu histórico segundo impeachment pela Câmara dos Representantes por causa do ataque ao Capitólio.

Para Trump, a principal pendência agora é a esperada onda de perdões que ele está preparando. Segundo a imprensa americana, há cerca de 100 pessoas na lista.

O enorme indulto presidencial deve incluir uma mistura de criminosos de colarinho branco e pessoas cujos casos foram defendidos por ativistas da justiça criminal.

Os nomes mais controversos que têm sido alvo de especulações são Edward Snowden, Julian Assange e o influente conselheiro de Trump, Stephen Bannon.

Porém, Trump, segundo os últimos relatos da mídia dos EUA, se afastou da tentação de conceder a si mesmo um perdão preventivo. Isso irritaria apoiadores republicanos no Senado momentos antes do início do julgamento de impeachment. (AFP)