Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Chama atenção no noticiário político que passou a incluir de maneira séria o nome do senador cearense Tasso Jereissati no debate sobre as eleições presidenciais de 2022 o estado "anímico" que apresenta o tucano, para fazer uso de um termo da moda.
O fato é que ele quer mesmo a história e tem emitido sinais diversos, nos últimos dias, de que se chamado agora para a missão dispõe-se a ir para briga, apostando que a ideia de 3ª via na disputa pelo poder nacional viabilizará um nome que se intrometa na polarização entre bolsonarismo e lulismo, quebrando-a.
É simbólico e expressivo, por exemplo, que o presidente do PSDB no Ceará, ex-deputado e ex-senador Luiz Pontes, assuma um discurso agressivo para o ambiente interno tucano, saindo ao ataque contra, especialmente, o governador de São Paulo, João Doria.
Um adversário que precisará ser superado dentro do partido para se viabilizar uma candidatura à presidência, o que dá muito sentido à escolha do alvo pelo aliado de primeira hora de Tasso.
Aliás, um dos papéis de Luiz Pontes, nesse momento, é verbalizar tudo aquilo que Tasso Jereissati gostaria de dizer de público, mas as circunstâncias indicariam não convir que saia de sua boca.
Em especial quando se trata de temas relacionados à política partidária, quando o mais correto costuma ser tratar as eventuais diferenças no ambiente interno, comportamento que Doria nem sempre parece disposto a adotar.
Informalmente, para este debate, identifiquemos o presidente estadual tucano como a mais qualificada voz autorizada a se manifestar em nome do senador cearense, ou, com mais precisão, expressando exatamente o que ele pensa.
O projeto Tasso-2022 está na sua primeira fase e, nela, basicamente busca-se superar dificuldades partidárias. Por isso a energia volta-se com alguma prioridade para o alvo Dória, o que não significa, e nem poderia, abandono absoluto das ações importantes para fortalecer o nome do senador cearense no debate político geral.
Fiquemos de olho, para citar um exemplo, no comportamento que ele terá a partir desta terça-feira, quando a CPI da Covid, da qual faz parte, iniciar seu trabalho efetivo de debates e inquirições. Há muita gente apostando que ali estará montado um palco natural muito apropriado para quem tiver projetos focados no próximo ano eleitoral e, o que não parece pouco, um dos que já expressou tal tese foi o presidente nacional tucano, Bruno Araújo.
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